Apesar do Ceará ter registrado
volume de chuvas acima da média história para o período no Estado, uma
pesquisa do Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério da
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, divulgada na quarta-feira (1º),
aponta que a seca no semiárido deve se agravar até maior de 2017.
Segundo o documento, do extremo
norte da Bahia até o leste do Piauí, passando por Sergipe, Alagoas, Pernambuco,
Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, a previsão é de poucas chuvas entre março
e maio, trimestre mais chuvoso na região.
"A situação é muito complicada.
Os níveis dos reservatórios já estão muito baixos, e muitos estão com menos de
5% do volume total. Se chover como deveria, dentro da média histórica, já seria
um problema grave, especialmente nas cidades grandes. Mas a situação
meteorológica atual não indica que haverá melhora nos próximos meses",
afirma o coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de
Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), José Marengo.
De acordo com os cálculos do
grupo de previsão climática, seriam necessárias precipitações pelo menos 30%
acima da normal climatológica para melhorar a situação dos reservatórios. Além
do consumo humano, a agricultura e a pecuária da região também ficarão
comprometidas pela escassez de água.
"Isso gera um impacto
grande na atividade econômica do semiárido. Criadores de animais e produtores
rurais estão tendo muitas dificuldades para produzir sem água, e isso vai
piorando com o passar do tempo e da falta de chuvas", acrescenta Marengo.
CEARÁ NEWS 7
Nenhum comentário:
Postar um comentário