O Tribunal de Justiça do Ceará
condenou nesta sexta-feira (17) o policial militar Francisco Renan Mesquita
Matos a 12 anos de prisão pelo homicídio qualificado de Ideljones da Silva
Magalhães. O homicídio ocorreu em abril de 2016 na cidade de Itapajé.
De acordo com os autos, o
policial conduzia um carro, na companhia de outras quatro pessoas, no distrito
de Santa Maria, quando parou o veículo para que Ideljones pudesse urinar
próximo ao acostamento da estrada. Na ocasião, o réu teria sacado uma arma e
desferido três tiros nele, que morreu no local. Em seguida, o agente fugiu
abandonando o corpo da vítima.
Após o crime, o acusado lavou o
carro e obrigou os outros passageiros, que testemunharam o homicídio, a tirarem
a roupa e tomar banho, com o intuito de eliminar vestígios da ação criminosa.
Posteriormente, Francisco Renan foi preso em casa, onde foram encontradas duas
armas de fogo, sendo que uma delas o policial afirmou ser da vítima.
Durante o julgamento, o advogado
alegou legítima defesa. Contudo, os jurados reconheceram, por maioria, que o
acusado foi o responsável pelo crime. Ele foi condenado por homicídio
qualificado (mediante recurso que dificultou a defesa da vítima).
A juíza Juliana Porto Sales
destacou na sentença que, segundo os depoimentos das testemunhas, “a vítima não
contribuiu com a conduta do apenado”. Também explicou que negou ao acusado o
direito de apelar em liberdade com a finalidade de “evitar que o réu possa
lesar outros bens jurídicos”.
A juíza determinou ainda a perda
do cargo de policial militar, “em virtude da incompatibilidade da pena e da
natureza da condenação com a função pública”.
Do G1 CE
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