A Comissão de Seguridade Social
e Saúde da Assembleia Legislativa discute, na quinta-feira (9), a partir das
14h30, o atraso no repasses financeiros aos serviços de nefrologia por parte de
várias prefeituras cearenses. Segundo o presidente da Associação dos Pacientes
Renais do Ceará (Asprece), Sebastião Sobreira, o cenário "pode comprometer
o atendimento aos doentes renais crônicos do Ceará".
"As clínicas estão
sucateadas e vão mal do ponto de vista financeio", denuncia Sebastião. Ele
esclarece que uma pessoa que depende de hemodiálise três vezes por semana por
morrer se ficar sem o atendimento. O Ceará conta, hoje, com 26 unidades de
hemodiálise, sendo 12 em Fortaleza. São cerca de 4.300 pacientes em tratados
nas clínicas e centros credenciados.
"Em algumas microrregionais
de Saúde onde as clínicas foram construídas para oferecer o serviço de
hemodiálise aos pacientes, o atraso no repasse dos recursos chega a seis
meses", detalha o médico nefrologista Moisés Santana. Segundo ele, as
clínicas arcam também com muitos custos não previstos nos convênios, como
medicação, alimentação de pacientes e exames complementares, o que agrava ainda
mais a situação financeira das unidades. "Estamos caminhando para um
colapso no atendimento ao doente renal crônico do Ceará", alerta.
CEARÁ NEWS 7
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