O número de gravidez na adolescência no Ceará caiu 20% em 11
anos, passando de 32.176, em 2004, casos para 25.787, em 2015. Conforme dados
do Ministério da Saúde, a redução foi maior que a média nacional que foi de
17%, sendo 661.290 (2004) e 546.529 (2015). O levantamento leva em conta
nascidos vivos de mães entre 10 e 19 anos.
A redução do índice no Ceará foi menor que do país, que ficou
em 17%, segundo o Ministério da Saúde. Em números absolutos a redução foi de
661.290 nascidos vivos de mães entre 10 e 19 anos em 2004 para 546.529 em 2015.
A região com mais filhos de mães adolescentes é o Nordeste (180.072 – 32%),
seguido da região Sudeste (179.213 – 32%). A região Norte vem em terceiro lugar
com 81.427 (14%) nascidos vivos de mães entre 10 e 19 anos, seguido da região
Sul (62.475 – 11%) e Centro Oeste (43.342 – 8%).
A queda no número de adolescentes grávidas está relacionada a
vários fatores como, “expansão do programa Saúde da Família, que aproxima os
adolescentes dos profissionais de saúde, mais acesso a métodos contraceptivos e
ao programa Saúde na Escola que oferece informação de educação em saúde”,
destacou a diretora do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas
(DAPES), Thereza de Lamare.
O número de crianças nascidas, de mães adolescentes nessa
faixa etária, representa 18% dos 3 milhões de nascidos vivos no país em 2015. O
Ministério da Saúde tem implementado ações para reduzir ainda mais esse
percentual, com a divulgação de ações em educação sexual e direitos
reprodutivos. Hoje 66% das gravidezes em adolescentes são indesejadas.
Para reduzir os casos de gravidez não planejada, o Ministério
da Saúde investe em políticas de educação em saúde e em ações para o
planejamento reprodutivo. Uma das iniciativas é a distribuição das Caderneta de
Saúde de Adolescentes (CSA), com as versões masculina e feminina. A caderneta
contém os subsídios que orientam o atendimento integral dos jovens, com
linguagem acessível, possibilitando ao adolescente ser o protagonista do seu
desenvolvimento.
Por G1 CE
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