quarta-feira, 31 de maio de 2017

LEVANTAMENTO PRELIMINAR JÁ INDICA 6º ANO SEGUIDO DE CHUVAS ABAIXO DA MÉDIA EM 2017

Às vésperas do fim da quadra chuvosa no Estado, nesta quarta-feira (31), o montante de precipitação registrado ainda não chega à média histórica para o período. Até o momento, choveu, em média, 553,8 milímetros nos municípios cearenses, enquanto, entre 1981 e 2016, esse montante é de 600,6 milímetros. Os dados são da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

Apesar disso, o registrado neste ano no período supera os últimos cinco anos. São 273,2 milímetros a mais que o período entre fevereiro a maio do ano passado, por exemplo. As últimas cinco quadras chuvosas registraram precipitação média de 374,64.

A chuva deste ano foi capaz de deixar parte do Estado livre de seca, o que não ocorria desde a quadra chuvosa do ano passado. O Monitor das Secas, levantamento da Agência Nacional das Águas (ANA), registra uma grande faixa livre de seca no Estado, concentrada ao Norte e que inclui a Capital.

No entanto, o restante do Estado é marcado pela seca, seja a categorizada como fraca, moderada ou grave. Três pequenas regiões do Estado ainda registram seca extrema, já nas divisas com Piauí, Pernambuco e Paraíba e Rio Grande do Norte.

Conforme os últimos dados divulgados pelo Monitor de Secas, em 15 de abril último, houve na parte central do Estado uma redução da área de seca moderada e também da área de seca grave. “Em todo estado os impactos da seca são, apenas, de longo prazo, com exceção de uma pequena área na divisa da Paraíba com o Rio Grande do Norte, onde se verificou seca de curto prazo”, afirma o órgão.

Secas de curto prazo tem impacto na pastagem e na agricultura, ao passo que as de longo prazo afetam os reservatórios de água e a ecologia do local.

A situação pode se agravar com o término da quadra chuvosa, conforme já indicam as chuvas registradas nessas segunda-feira (29) e terça-feira. Segundo a Funceme, as precipitações foram causadas pelo avanço de “áreas de instabilidade que se deslocam do oceano para o continente” — mesmo fenômeno que deixou milhares de desabrigados em Pernambuco e Alagoas.
A Zona de Convergência Intertropical (ZCI), fenômeno causador da quadra chuvosa, já se mostra afastada da região Nordeste, conforme mostram imagens de satélite da Funceme. Balanço fechado sobre a quadra chuvosa, no entanto, só deve ser divulgado pela Funceme em 10 de junho próximo.

Nesta terça-feira (30), até as 9 horas, a Funceme registra chuva em 41 municípios em um período que vai das 7 horas de segunda-feira às 7 horas desta manhã. A maioria das chuvas se concentrava na Grande Fortaleza.

É nessa região onde foram registradas as quatro maiores chuvas do período: São Gonçalo do Amarante (95,4 milímetros), Maranguape (80), Itaitinga (72,4) e Aquiraz (67). Na Capital, a maior chuva foi registrada no posto Pici: 7 milímetros. Os dados podem ser atualizados ao longo da manhã.

A previsão do tempo para os próximos dias aponta possibilidade de chuvas. No restante dessa terça-feira (30) e na quarta-feira (31), as expectativas são de nebulosidade variável com chuva.

Já na quinta-feira (1º), o indicativo é de céu parcialmente nublado em todo o Estado, menos na Faixa Litorânea e na Região Centro-Sul do Estado, onde há possibilidade de chuva.


Tribuna do Ceará

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