Uma equipe da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) do Ceará
prendeu dois homens em um carro-pipa suspeitos de fraude ao programa
emergencial de abastecimento de água para comunidades rurais conhecido como
Operação Carro-Pipa. A PRE informou que no caminhão-pipa com placa CGR 8173, de
Boa Viagem (CE) estavam instalados dois rastreadores de rota, um deles do
próprio veículo e o segundo de outro carro-pipa cadastrado no programa
fiscalizado pelo Exército Brasileiro. O equipamento de GPS, conhecido como
G-Pipa, registrava a rota, mas a água não era fornecida.
Segundo a PRE o carro-pipa estava circulando no transporte de
água do Açude Arneiroz II, para abastecer comunidades rurais de Boa Viagem.
Todavia, o caminhão foi interceptado e apreendido em um trecho da CE-176, entre
os municípios de Arneiroz e Tauá. Os policiais rodoviários realizavam
patrulhamento na região quando receberam a denúncia de um transeunte. Ao
abordarem o veículo constaram a veracidade da denúncia. O motorista e o
ajudante cujos nomes não foram revelados, foram presos e conduzidos à delegacia
da Polícia Civil em Tauá.
Em fevereiro deste ano outros dois homens foram presos, dessa
vez pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) praticando o mesmo tipo de fraude. A
prisão ocorreu na madrugada do dia 17 de fevereiro, no município de Pedra
Branca, vizinho a Boa Viagem. Dessa vez a dupla estava com os GPS do Operação
Pipa instalados veículo Polo Sedan, de cor preta, placa HYY-1718. Os dois
homens presos são naturais de Boa Viagem. A prisão ocorreu a altura do km 155
da BR-020, no distrito de Santa Cruz de Banabuiú.
Também em fevereiro, três homens foram presos em Solonópole,
também nesta região do Sertão Central, com dois equipamentos G-Pipa instalados
em um automóvel Prisma. As prisões foram realizadas por uma equipe da Polícia
Militar. Pedro dos Santos Nobre, de 25 anos, e os irmãos Júlio Francisco da
Silva Neto, de 27 anos e Ramon Lima Evangelista, de 20 anos, foram autuados em
flagrante por estelionato, havia informado a Polícia.
Os fraudadores utilizam inclusive motocicletas para burlarem
o sistema eletrônico implantado pelo Exército Brasileiro. Os G-Pipa são ligados
nas baterias das motos. Como o pagamento ocorre pela aferição da rota através
do rastreador, além de não fornecerem a água para as famílias carentes os
criminosos lucram inclusive com o combustível, mais de R$ 10 mil por mês. Sem
as fiscalizações frequentes agem com facilidade, informou uma fonte da Polícia.
DN Sertão Central
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