Os executivos da empreiteira, Ariel Parente Costa e João
Pacífico Ferreira, revelaram acerto prévio de preço entre as empresas que
participaram das licitações
ex-governador Cid Gomes não tem um dia de descanso depois
que seu nome e suas gestões à frente do Estado foram envolvidas nas delações da
Odebrechet e da JBS.
O G1 fez levantamento lembrando que o Ceará é um dos 11
estados brasileiros, mais o Distrito Federal, enrolado com toda essa sujeira no
país. Focando na Odebrechet, o portal trouxe novamente à tona, no caso
cearense, que, segundo os ex-executivos da empreiteira, houve acordo de mercado
assegurando o vencedor das obras do Transfor, um conjunto de intervenções no
trânsito de Fortaleza. Também aconteceram irregularidades, de acordo com as
delações, na concorrência para as obras da Arena Castelão, executadas entre
2010 e 2012.
Os delatores revelaram pagamentos de propina a políticos e
funcionários públicos, formação de cartéis para conseguir obras, fraudes em
licitações, como a combinação de preços, e superfaturamento.
Os casos agora serão investigados pelo Ministério Público
Federal no Ceará.
Entenda
A Arena Castelão e o Transfor custaram, respectivamente, R$
518 milhões e R$ 112 milhões aos cofres públicos. Durante suas delações
premiadas, os executivos da Odebrecht, Ariel Parente Costa e João Pacífico
Ferreira, denunciaram um esquema de acerto prévio de preço entre as empresas
que participaram dos processos.
“Houve um ajuste prévio frustrando o caráter competitivo da
licitação. A Construtora Nordeste Odebrecht teria sido contactada pelas
empresas Queiroz Galvão e Galvão Engenharia para apresentar uma proposta para
dar uma aparência de legalidade à licitação”, acusou o procurador da República
no Ceará, Alexandre Meireles. A licitação em questão é relativa à construção do
corredor de ônibus da avenida Bezerra de Menezes, cujo consórcio vencedor é
composto pela Queiroz Galvão e Galvão Engenharia.
Os executivos da Odebrecht afirmaram ainda que o esquema se
repetiu na licitação da reforma do Castelão, 2010. Segundo o procurador da
República, Luiz Carlos Oliveira Júnior, “houve um conluio entre a Carioca Engenharia
e a própria Odebrecht para que a Odebrecht colocasse um valor bem superior para
que a Carioca Engenharia viesse a ser a vencedora da licitação. Mas, por alguma
razão, nem mesmo a Carioca Engenharia ganhou, já que quem chegou a vencer esse
certame licitatório foi a Galvão Engenharia”.
Os investigadores suspeitam que outras empresas além da
Carioca Engenharia e da Odebrecht estivessem envolvidas no esquema de acerto de
preços, incluindo a vencedora, a Galvão Engenharia.
No país
Além do Ceará, estão enrolados nas delações da Odebrecht:
Distrito Federal, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Paraná, Pernambuco,
Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo.
Por: Ceará news 7
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