O ex-ministro e ex-presidente da Câmara dos Deputados
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) foi preso pela Polícia Federal nesta
terça-feira (6) em um desdobramento da Operação Lava Jato. Batizada de
"Manus", a ação da PF apura atos de corrupção ativa e passiva, além
de lavagem de dinheiro envolvendo a construção da Arena das Dunas, o estádio de
Natal que recebeu jogos da Copa.
Em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita
Federal, a polícia afirma que o estádio teria tido um sobrepreço de R$ 77
milhões.
Ex-ministro do Turismo dos governos Dilma e Temer, Henrique
Alves é alvo de um dos cinco mandados de prisão preventiva que foram expedidos
pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte.
A PF também cumpre um mandado de prisão contra outro
ex-presidente da Câmara, o deputado federal cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
que está preso em Curitiba desde o final do ano passado.
Além dessas duas, há outras 31 ordens judiciais. São
cumpridos ainda seis mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é levada
para prestar esclarecimentos) e 22 mandados de busca e apreensão nos Estados do
Rio Grande do Norte e do Paraná.
Delação
A operação foi deflagrada a partir da delação da Odebrecht,
que, segundo a PF, aponta "o efetivo recebimento de vantagens indevidas
por dois ex-parlamentares cujas atuações políticas favoreceriam duas grandes
construtoras envolvidas na construção do estádio, um dos palcos da Copa do
Mundo de 2014".
A PF alega que as investigações incluíram, além das delações,
informações obtidas a partir das quebras dos sigilos fiscal, bancário e
telefônico dos envolvidos entre 2012 e 2014.
O nome da operação é uma referência ao provérbio "Manus
Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat", que significa "Uma mão esfrega a
outra, uma mão lava a outra".
Fonte: UOL
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