Estado registrou ainda mais de 65
mil notificações de dengue em 2017, chegando a 56 casos para cada 100 mil
habitantes.
Ceará vive uma epidemia de
arboviroses (doenças transmitidas por mosquitos), sobretudo casos de
chikungunya. A confirmação é da Secretaria de Saúde estadual que, no último
boletim semanal, registrou a “ocorrência epidêmica de arboviroses,
principalmente se consideradas as notificações de casos de chikungunya”.
Segundo os dados, o estado soma 58.957 casos da doença.
Mais de 80% das cidades cearenses
já registraram casos confirmados da doença, que levaram 51 pessoas à morte. As
cidades de Acopiara, Beberibe, Caucaia, Maranguape, Morada Nova, Pacajus,
Senador Pompeu e a capital Fortaleza concentram 40 óbitos por chikungunya.
Desde o início do ano, foram
notificados 103 mil casos da doença, dos quais 57% foram confirmados (58.957).
Segundo a Secretaria de Saúde do Ceará, a “tendência crescente” de notificações
gerou uma taxa de incidência de 1.099 casos para cada 100 mil habitantes. As
principais vítimas são pessoas do sexo feminino, entre 20 e 59 anos.
Dengue e Zika
Em relação à dengue, o Ceará
registrou mais de 65 mil notificações em 2017. A secretaria identificou
incidência acima do limite superior, chegando a 56 casos para cada 100 mil
habitantes – maior pico do ano. Até o momento, 24,6% dos casos suspeitos foram
confirmados, principalmente entre pessoas do sexo feminino e com idades entre
15 e 49 anos. A porcentagem equivale a pouco mais de 16 mil confirmações em
todo o estado, entre os quais, 13 foram caracterizados como graves, levando 8
pessoas à morte.
O vírus Zika já foi confirmado em
432 pessoas, também incidindo preferencialmente em mulheres entre 15 e 49 anos.
O número de notificações da doença em gestantes chegou a 941, no entanto apenas
44 fora confirmados por análises de laboratório, nas cidades de Fortaleza,
Brejo Santo, Icó, Independência e Caucaia.
A atenção dos órgãos de saúde se
intensifica em relação aos casos de Zika em gestantes, porque o vírus da doença
é um dos responsáveis pela malformação de bebês durante a gestação. Após o
nascimento, podem ser constatados casos de síndromes congênitas, como a
microcefalia – malformação no crânio – hidranencefalia, Síndrome de
Guillain-Barré, entre outras.
As três arboviroses são causadas
por diferentes vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypt, que se reproduz
em água parada, inclusive em ambientes residenciais. Por isso, a recomendação é
que as caixas de água estejam sempre tampadas e que objetos que acumulem água
da chuva estejam cobertos ou virados para baixo.
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