Ceará voltou a ter saldo positivo em empregos formais em
junho, mas acumula retração no primeiro semestre.
Ceará voltou a gerar empregos em junho após três meses
seguidos de queda. Os dados do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que o
resultado positivo foi puxado pela alta nas cidades de pequeno e médio porte.
Nos seis primeiros meses de 2017, o Ceará acumula uma perda de 12 mil empregos,
mas o último mês do semestre foi positivo, com 133 admissões a mais que
demissões.
Os dados do Cadastro Nacional de Emprego e Desemprego
(Caged) apontam que Aracati foi a cidade que mais ofertou vagas além das
reduções dos postos de trabalho, com saldo de 195 trabalhadores a mais com
carteira assinada no mês.
Em seguida aparecem Eusébio (161), Aquiraz (155), Acaraú (133)
e São Gonçalo do Amarante (117).
Perda nas grandes cidades
Já os municípios de grande porte da economia cearense seguem
em retração quando se trata da geração de emprego. Juazeiro do Norte, a maior
cidade do Cariri, teve a maior queda do estado, com corte de 407 trabalhadores.
Barbalha, na mesma região, terminou o mês com 98 postos
formais a menos.
Fortaleza teve a segunda maior queda do estado, com 311
demissões a mais que admissões. Sobral, cidade polo da região norte, cortou 98
vagas; e Russas registrou 77 cortes em junho, de acordo com o Caged.
Variação de empregos na cidades do Ceará em junho
Cidades que mais geram emprego Cidades que mais perderam emprego
Aracati 195 Juazeiro
do Norte -407
Eusébio 161 Fortaleza
-311
Aquiraz 155 Sobral
-98
Acaraú 133 Barbalha
-88
São Gonçalo do Amarante 117 Brejo
Santo -86
Maracanaú 60 Russas
-77
Fonte: Caged
Empregos por setor
O leve saldo positivo em junho de 2017 no estado ocorreu
principalmente por causa das contratações no setor agropecuário, com 246
admissões a mais que demissões. Também houve saldo positivo no comércio (149),
serviços industriais de utilidade pública (134) e serviços (31).
Já áreas com queda na geração de emprego formal foram
indústria da transformação (-282), administração pública (-87) e construção
civil (-59).
Geração de emprego no país
Considerando todo o Brasil, as contratações superaram as
demissões em 67.358 trabalhadores com carteira assinada no primeiro semestre.
Essa foi a primeira vez, desde 2014, que foram abertas vagas formais nos seis
primeiros meses do ano.
No mesmo período de 2016, houve a demissão de 531.765
trabalhadores com carteira assinada e, em 2015, 345.417 empregos foram
fechados. Deste modo, foi o melhor resultado para o primeiro semestre em três
anos. A série histórica, nesse caso, começa em 2002.
Por G1 CE
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