O senador Tasso Jereissati (CE)
continuará como presidente interino do PSDB até a escolha de um novo nome para
comandar a legenda. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (3) pelo senador
Aécio Neves (PSDB-MG), que permanecerá licenciado do cargo. “Fiz um apelo em
nome da unidade do partido para que o senador Tasso Jereissati continue como
presidente do partido e conduza aquilo que é essencial: uma grande discussão do
programa partidário junto com vários setores da sociedade civil para que o PSDB
volte a representar o que sempre representou e foi essencial ao país”, afirmou.
A ideia, segundo os tucanos, é
que o partido antecipe para o fim do ano a renovação do programa do partido e
as convenções municipais e estaduais da legenda. Pelo cronograma acertado,
inclusive com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, os tucanos querem
fazer até dezembro a convenção nacional do PSDB para renovação de toda a
direção do partido e para apresentação do pré-candidato tucano à presidência da
República em 2018.
Questionado se a decisão de
manter-se licenciado da presidência do PSDB tem relação com as denúncias
vinculadass à delação premida do dono da JBS, Joesley Batista, Aécio
desconversou. “Essa questão está sendo tartada na Justiça e ela será tratada”,
afirmou.
Nas investigações, o senador foi
flagrado negociando com Joesley o recebimento de R$ de 2 milhões, entregues a
seu primo Frederico Pacheco, que cumpre prisão domiciliar. Na última
segunda-feira (31) Aécio teve um novo pedido de prisão feito pelo procurador-geral
da República, Rodrigo Janot.
Apoio ao governo
Defensor da saída do PSDB da base
do governo Temer, Tasso Jereissati disse que o partido, que está no comando de
quatro ministérios, não faz questão dos cargos. “Se o presidente da República
quiser tirar todos os nossos ministros é problema dele. O partido não faz
questão desses ministérios, que fique bem claro”, ressaltou.
Apesar disso, Jereissati declarou
apoio às reformas que estão sendo discutidas. “Nós vamos continuar,
independentemente de qualquer coisa, aprovando todos aqueles projetos que são
do interesse do país. Como, por exemplo, a reforma da Previdência, reforma
política, reforma tributária, como nós fizemos até hoje. O que nós não
precisamos é de cargo para fazer isso”, disse destacando que nessas matérias os
tucanos devem ter “votos homogêneos e maciços”.
Por: Ceará Agora
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