Todos que o consomem, sabem dos
seus riscos, mas, por prazer, a maioria resiste em abandoná-lo. O preço da
teimosia é alto e, quando muitos acordam, o pesadelo os acompanha pelos males
provocados pelo tabagismo. Os estudos apontam que o cigarro tem mais de 4,7 mil
substâncias presentes em sua composição e está na origem de 90% dos casos de
câncer de pulmão no mundo.
O consumo de cigarro atinge todas
as faixas etárias, independente de classe social, como você pode perceber nas
ruas e residências das cidades da Grande Fortaleza, como acontece em Caucaia. O
cigarro também se relaciona a várias doenças do sistema cardiovascular, como
infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
Durante a semana e,
especialmente, nessa terça-feira, dia 29, data em que é lembrado o Dia Nacional
de Combate ao Fumo, diversas instituições destacaram os riscos a que fumantes
ativos e passivos se submetem e os benefícios de parar de consumir tabaco. A
data foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1986 e, de lá
para cá, médicos se empenham em campanhas contra o fumo.
Segundo levantamento feito pela
OMS, dentro das mais de 4 mil substâncias químicas em um cigarro, 250 delas são
prejudiciais, e 50 são conhecidas por causar câncer. São 14 os tumores malignos
associados ao uso de tabaco: câncer de pulmão, de boca, laringe, faringe,
esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, rim, bexiga, colo de útero,
ovário e alguns tipos de leucemia.
De acordo com uma pesquisa
publicada pela revista científica internacional “The Lancet”, o Brasil ocupa o
oitavo lugar no ranking de número absoluto de fumantes. Segundo o Ministério da
Saúde, o hábito tende a ser mais frequente entre adultos de 45 a 64 anos e
entre pessoas com baixa escolaridade. O número de mortes relacionadas ao
tabagismo no Brasil é de 156 mil ao ano, tendo como base 2015, quando foi
realizado um estudo sobre o assunto no Instituto Fernandes Figueira, da
Fiocruz.
O tabagismo está na origem de 90%
de todos os casos de câncer de pulmão no mundo — e entre os 10% restantes, 1/3
deles são os chamados fumantes passivos —, sendo responsável por ampliar em
cerca de 20 vezes o risco de surgimento da doença. Segundo o Instituto Nacional
do Câncer (Inca), o Brasil registra 28.220 novos casos de tumores pulmonares ao
ano. Os malefícios não são notados apenas a longo prazo. Algumas alterações no
organismo podem ser percebidas imediatamente após a interrupção do fumo
cotidiano.
Especialistas apontam dicas de
primeiros passos para largar o cigarro
1 – Estar motivado a sair do
vício. Não adianta a família mobilizar médicos e/ou investir se o paciente não
estiver realmente determinado a parar de fumar
2 – Diminuir gradativamente o
número de cigarros
3 – Evitar carregar o maço ou a
carteira de cigarro
4 – Evitar deixar cinzeiros em
casa
5 – Evitar qualquer substância
que possa estimular o fumo, tais como café e bebida alcoólica
6 – Durante a motivação, falar
para as pessoas próximas que está tentando parar de fumar, afim de ajudar no
policiamento e no controle
O pneumologista Elie Fiss, da
Cia. da Consulta, lista os benefícios que são percebidos ao parar de fumar:
– Após 20 minutos: a pressão
sanguínea e a pulsação voltam ao normal
– Após 2 horas: não há mais
nicotina circulando no seu sangue
– Após 8 horas: o nível de
oxigênio no sangue se normaliza
– Após 12 a 24 horas: os pulmões
já funcionam melhor
– Após 2 dias: o olfato fica mais
apurado, assim como a capacidade de sentir o gosto dos alimentos
– Após 3 semanas: a respiração se
tornará mais fácil e a circulação sanguínea irá melhorar
– Após 1 ano: o risco de morte
por infarto do miocárdio é reduzido à metade
– Após 5 a 10 anos: o risco de
sofrer infarto será igual ao de pessoas que nunca fumaram
Por: Ceará Agora
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