Além da cidade de Icó, serão
beneficiados pela adutora Orós-Lima Campos os distritos de Guassussê,
Pedregulho, Aroeira, São Romão, Água Fria, Estreito, Cascudo, Cabeça de Nêgo,
Igarói, Pai Antônio e Lima Campos.
A Companhia de Gestão dos
Recursos Hídricos (Cogerh) trabalha em ritmo acelerado para concluir a adutora
que levará água do Açude Orós para abastecimento humano de Icó e de 11
distritos (veja abaixo), beneficiando cerca de 55 mil pessoas. A obra, fruto de
negociação realizada por ocasião da reunião que definiu a alocação das águas da
bacia do Jaguaribe, vai beneficiar ainda pequenos irrigantes do Perímetro
Icó-Lima Campos.
“Esta é uma obra emblemática
para o Governo do Estado nesse longo período de seca”, destaca João Lúcio
Farias, presidente da Cogerh. “Além de ser fruto da negociação travada durante
a reunião que decidiu como as águas que nos restam seriam utilizadas, está
sendo realizada a custos mínimos, já que estamos empregando materiais
reaproveitados e mão de obra da casa”, explica.
Segundo o engenheiro Antônio
Carlos Bortolin, responsável pela construção, está sendo utilizada tubulação de
400mm remanescente da adutora de Crateús, e bombas e flutuante já pertencentes
ao estoque da Cogerh. “Essa obra, feita da forma convencional, com tubulação e
bombas adquiridas novas custaria mais de R$ 1,5 milhão. Como estamos
reaproveitando o material, vamos concluí-la por cerca de R$ 300 mil”, detalha
Bortolin.
A adutora é formada por três
linhas paralelas de tubos de 400mm, que vão aduzir 800 litros por segundo para
o abastecimento de aproximadamente 55 mil pessoas. Além da tubulação, a obra
está reaproveitando duas bombas com capacidade para 400 litros por segundo
cada. “Também faremos toda a instalação elétrica, deixando no ponto de a
companhia fornecedora apenas ligar a energia”, destaca Bortolin.
Essa água também vai
proporcionar a manutenção da irrigação de pequenos produtores do Perímetro
Irrigado Icó-Lima Campos. “São pequenos irrigantes, com lotes de até quatro
hectares”, revela João Lúcio Farias. Segundo ele, a Cogerh procurou ao máximo
preservar a água para os pequenos produtores, que seriam drasticamente
impactados caso tivessem o fornecimento de água suspenso.
Histórico
Os açudes Orós e Lima Campos
são interligados por um canal. Em tempos de normalidade hídrica, a água do Orós
é transposta por gravidade até o Lima Campos. Várias comunidades situadas ao
longo do canal que liga os dois reservatórios captam água para abastecimento
humano.
Com a queda no nível dos
açudes, principalmente do Orós, essa ligação foi cortada. A Cogerh passou,
então a bombear a água para dentro do canal. A água então seguia seu curso até
o Lima Campos, abastecendo também as comunidades lindeiras. Contudo, com o
nível do açude cada vez mais baixo, a captação da água teve de ser deslocada cerca
de 500 metros para dentro do reservatório. Daí a necessidade da adutora.
Fonte: Ceará Agora via SRH
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