segunda-feira, 4 de setembro de 2017

BEBÊ FICA EM ESTADO GRAVE APÓS ERRO EM ATENDIMENTO DA UPA NO CEARÁ


Um bebê de um mês, Kaleb Levy Rodrigues Martins, está internado no Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), em estado grave, após ter recebido uma dosagem errada de medicação durante atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro José Walter, em Fortaleza, na manhã deste sábado (2).

A mãe da criança, Evilene Rodrigues, 19, conta que o filho estava apresentando “falta de ar” e por isso o levou até o hospital Gonzaguinha, no mesmo bairro. Ao chegar lá, foi informada de que o aparelho de Raio X da unidade não estava funcionando e teria de procurar a UPA.

Evilene diz que, já na UPA, os médicos informaram que o bebê estava bem e seria internado para dar medicação e controlar a respiração. Pela manhã, por volta de 9h, uma enfermeira o pegou para realizar o procedimento.

Segundo a mãe, poucos segundos após o remédio ser injetado, o bebê apresentou problemas. “Ele começou a endurecer e mudar de cor, eu gritei que o meu filho tava morrendo e a enfermeira pegou ele e saiu gritando pedindo ajuda”, relata a mãe.

Segundo a jovem, os médicos confirmaram que Kaleb teve uma parada cardiorrespiratória. “Quando ele voltou, chorou muito e ficou cansado de novo. Aí disseram que tinham que entubar para dar os medicamentos”, relembra Evilene.

Kaleb foi transferido para o Hospital Infantil Albert Sabin. De acordo com Evilene, ele está na ala de reanimação, aguardando vaga para UTI.

Por meio de nota, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) afirma que Kaleb foi atendido com quadro de broncoespasmo e recebeu a medicação “epinefrina”, indicada para crise asmática, em dosagem maior do que a indicada.

Segundo a Sesa, “foi confirmado que a criança apresentou uma reação adversa grave, por diversas causas”.


Ainda de acordo com a secretaria, uma sindicância será instaurada na UPA do José Walter para apurar os fatores que levaram à situação. “Após os resultados, encaminhamentos administrativos serão tomados para minimizar os riscos de que situações como esta voltem a acontecer”, diz a nota


Por: G1 CE

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