Cristiane Renata Coelho, acusada de assassinar o filho autista de nove anos e de tentar matar o então marido com chumbinho - um conhecido veneno para ratos, será submetida ao júri popular nesta terça-feira (28), na 3ª Vara do Júri, do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. O julgamento ocorre três anos após o crime, na madrugada de 11 de novembro de 2014. O filho, Lewdo Ricardo Coelho Severino foi morto com veneno misturado com sorvete, o doce preferido da criança, conforme a denúncia.
Conforme a denúncia, a acusada cometeu o crime de modo a dar aparência de que o ex-marido havia matado o filho e engerido veneno em seguida. Como Francileudo sobreviveu, ele testemunhou contra ela, e o caso teve uma reviravolta.
Ela foi denunciada por homicídios triplamente qualificados (um consumado, com a morte do filho e outro tentado, com o envenamento do ex-marido), com as qualificadoras de motivo fútil, emprego de meio cruel (veneno) e utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Durante o julgamento o ex-marido, o subtenente do Exército Francileudo Bezerra Severino, vai ficar frente a frente com a ex-mulher.
"Se pegar 30 anos ainda é pouco", afirma o ex-marido. O subtenente acredita que nenhuma condenação vai amenizar a revolta e a dor de ter perdido o filho mais velho e muito menos as sequelas emocionais provocadas no Lucas, o filho caçula. "Quem foi condenado foi o Lewdinho, que não está mais entre a gente. O Lucas que não vai ter o prazer de ver a mãe e nem o irmão, e os meus familiares que gostavam do Lewdinho."
Por G1 CE
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