A investigação sobre a morte da radiologista Kelly Cristina
Cadamuro, 22 anos, ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (21). Antes de ser
assassinada, depois de oferecer carona combinada via WhatsApp a um
desconhecido, a jovem foi estuprada. A confirmação foi dada pelo Ministério
Público de Minas Gerais.
Ontem (20), o órgão denunciou o autor do crime, Jonathan
Pereira do Prado, 33, preso no dia 2 deste mês. O corpo de Kelly foi encontrado
em Frutal, no interior do estado mineiro, em 1º de novembro. O suspeito assumiu
ser autor do crime, no entanto, negou ter estuprado a vítima, de acordo com a
promotoria. Também foram denunciados pelo MPMG outros dois homens, que compraram
as peças retiradas do veículo da radiologista.
Por meio de nota, o Ministério Público informou que, durante
a viagem de carro, o suspeito pediu para que a vítima parasse o veículo. Depois
disso, ele teria aplicado um golpe em Kelly, provocando sufocamento, até ela
desmaiar. Conforme a denúncia, Prado teria retirado a vítima ainda com vida do
carro e a arrastado por alguns metros até um matagal, onde teria praticado o
estupro. O corpo de Kelly foi encontrado sem calças na beira de um rio.
Apesar da execução do abuso sexual, a promotoria ressaltou
que o crime não deixou vestígios. O homem foi denunciado por latrocínio (roubo
seguido de morte), estupro, ocultação de cadáver e fraude processual, com os
agravantes de ser reincidente e de ter cometido o crime por meio cruel, em
estado de embriaguez e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
O delegado Bruno Giovanini, responsável pelo caso, foi
questionado pela reportagem e declarou que o inquérito já foi finalizado e que
a investigação vai seguir com o Ministério Público. O advogado da família, por
sua vez, acredita que há coisas a serem esclarecidas. "Num caso como esse,
é preciso que tudo fique muito claro, para que haja justiça, na condenação do
criminoso, e para que a família fique ao menos um pouco aliviada", disse
ao UOL o advogado da família, Jorge Argemiro de Souza Filho.
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