Ministério da Justiça informou que montará uma força-tarefa para contribuir com o Governo do Ceará nas investigações sobre a chacina que causou a morte de 14 pessoas em Fortaleza, ocorrida no último sábado (27).
A equipe enviada pelo Ministério contará com membros da Secretaria Nacional de Segurança Pública, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Departamento Penitenciário Nacional.
A intenção do reforço à Secretaria da Segurança Pública do Ceará é proporcionar que atuem para "reprimir de forma exemplar a ação de grupos criminosos envolvidos na chacina".
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O ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse ainda que a União continuará oferecendo apoio técnico e financeiro aos Estados, para que haja integração e harmonia nos trabalhos dos órgãos de segurança "ainda que os governantes não solicitem apoio por razões eminentemente políticas".
Ações
O governador do Ceará, Camilo Santana (PT) anunciou medidas de combate às facções que atuam no Ceará. Uma delas é um centro integrado - que funcionará no mesmo ambiente - para "que a gente possa ter mais agilidade no combate ao crime organização. Vamos integrar todas as 'inteligências' dessas instituições para unificar as estratégias, a investigação e a punição dessas pessoas.
O governador também informou sobre a criação de um grupo especializado de combate ao crime organizado no âmbito da Polícia Federal no Ceará, a fim de que sejam fortalecidas as investigações sobre tráfico de drogas, de armas e proteção de fronteiras, por exemplo.
Além disso, Camilo Santana anunciou a criação de uma Vara, no âmbito da Justiça, especializada no julgamentos dos casos relativos ao crime organizado.
Maior chacina do Ceará
A chacina dentro do clube de festa é considerada a maior do Ceará. Oito mulheres e seis homens foram assassinados por um grupo que invadiu a danceteria "Forró do Gago" por volta de 1h30 (horário de Brasília). Segundo um policial militar e moradores do bairro que conversaram com o G1, vários homens armados chegaram em três carros, invadiram o local e dispararam tiros.
Entre os 14 mortos, há um motorista de aplicativo, um vendedor de cachorro-quente e uma comerciante. Os corpos foram levados pela Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) e levados para a Coordenadoria de Medicina Legal (Comel). Todas as vítimas foram identificadas e tiveram o corpo liberado para as famílias.
Outras dez pessoas deram entrada em hospitais públicos de Fortaleza. Na tarde deste domingo, cinco delas ainda continuavam internadas.
Por G1 CE
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