O açude
Castanhão, maior açude do país e principal reservatório a abastecer a Grande
Fortaleza, recebeu um leve ganho no volume de água com as chuvas de fevereiro.
Entre quinta-feira (22) e este sábado, o volume de água no Castanhão subiu de
2,08 para 2,1%, segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Coergh).
A última vez
que o açude havia recebido água foi entre 19 e 20 de abril de 2017; nessa data,
o volume do Castanhão subiu de 5,97% para 6,01%.
Desde então,
dia após dia, o Castanhão perdia volume, por meio do consumo humano e
evaporação natural da água.
Demora para
pegar água
Apesar das
chuvas bastante acima da média no Ceará neste mês de fevereiro, o Castanhão vai
precisar de mais tempo e mais precipitação para receber um aporte
significativo.
A
meteorologista da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(Funceme) Meiry Sakamoto explica que as chuvas que ocorrem na região ainda não
são suficientes para abastecer o maior açude do estado; isso deve ocorrer com o
aumento do volume de água nas bacias que recarregam o reservatório.
“As bacias
de contribuição dos principais reservatórios do estado, que são o Orós e o
Castanhão, ficam justamente no Centro-Sul do estado, daí chuvas boas no Cariri,
no Centro-Sul, podem sim converter em água pros reservatórios.”
Situação
segue crítica
Apesar do
ganho, o volume de água do Castanhão segue na situação mais crítica já
registrada. O reservatório atingiu neste ano o volume morto.
Foi a
primeira vez que isso ocorreu com o açude desde que ele foi criado, em 2002,
sobre a ruínas da antiga cidade de Jaguaribara.
Em 2004, ano
em que houve fortes chuvas em todo o Ceará, o Castanhão sangrou pela primeira
vez.
Situação de
outros açudes
Além do
Castanhão, todos os açudes de grande porte no Ceará estão com menos de 30% da
sua capacidade, segundo a Cogerh.
Atualmente,
três açudes do Ceará estão sangrando, todos de pequeno porte. Um tem volume
acima de 90% e outros 120 têm menos de 30% da sua capacidade, segundo a Cogerh.
Com
informações G1
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