O juiz Luiz Bessa Neto, corregedor dos presídios do Ceará, solicitou à Secretaria de Segurança Pública um reforço de policiais militares para realizar a segurança na área externa dos presídios. O objetivo é que os policiais ocupem as guaritas diariamente, o que atualmente é feito por agentes penitenciários.
O reforço é para 23 presídios da Região Metropolitana de Fortaleza, onde fica a maior parte dos presos do estado.
No pedido, o juiz cita quatro fatores para justificar a medida:
"Grave situação carcerária" nos presídios, situação evidenciada em inspeções
A Polícia Militar do Ceará "não tem cumprido de maneira integral" o dever de zelar pela segurança externa nos presídios
A ausência da segurança externa "implica necessariamente na fragilização da segurança interna" dos presídios
A ausência da segurança possibilita o "escancaramento" no entorno das muralhas, o que facilita o "rebolo" de armas e drogas para dentro das unidades
Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública afirmou apenas que não recebeu nenhuma requisição sobre o tema.
Fragilidade
Reportagem do G1 publicada nesta quinta-feira (22) traz relato de agente penitenciário que relata a fragilidade dos servidores nas unidades da Grande Fortaleza. Ele cita inclusive a fragilidade dos servidores que atuam nas guaritas.
"Na questão da vigilância, dos guariteiros, está havendo invasão da parte de fora. Foi detectado que pessoas que iriam invadir estavam com armamento pesado. Essa questão, para o guariteiro, é uma questão bastante complicada."
Atualmente, os agentes trabalham com a proporação de um servidor para cada 180 presos, segundo denúncia do sindicato dos agentes penitenciários. A recomendação é de um agente para cada cinco presos.
Por G1 CE
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