Três pessoas morreram por
influenza H1N1 no Ceará, em sete casos registrados da doença no estado de
janeiro a 14 de abril deste ano. O Ceará registra também um caso influenza B.
As ocorrências foram confirmadas em nota técnica divulgada nesta terça-feira (17)
pela Secretaria da Saúde do Ceará.
A Nota Técnica informa que há
casos no Ceará da ocorrência de casos de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome
Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza.
Conforme o médico infectologista
Anastácio Queiroz, a orientação para quem já tem a doença é que evite tomar a
vacina até a cura do quadro infeccioso.
A campanha nacional de vacinação
contra a gripe está prevista para começar na próxima segunda-feira (23).
A coordenadora de imunização da
Secretaria de Saúde de Fortaleza, Vanessa Soldatelli, explica que a vacina é
trivalente, ou seja, protege contra três vírus da gripe, inclusive o H3N2,
responsável por um surto de gripe nos EUA, mas que já se manifestou no Ceará.
As vacinas virão em seis etapas, e neste primeiro momento, serão 20%.
A vacina é oferecida
gratuitamente pelo governo federal às pessoas com maiores riscos de
desenvolverem complicações por conta da gripe, como crianças, gestantes, idosos
e pessoas com imunodeficiência.
O vírus influenza é uma infecção
viral aguda do sistema respiratório, de elevada transmissibilidade. Uma pessoa
pode contraí-la várias vezes ao longo da vida e, em geral, tem evolução
autolimitada. De acordo com especialistas, em alguns casos, pode evoluir para
uma forma grave.
Tipos de vírus e sintomas
Os vírus influenza são
transmitidos por pessoas infectadas ao tossir ou espirrar. Existem três tipos
de vírus influenza: A, B e C. O tipo C causa apenas infecções respiratórias
brandas, não possui impacto na saúde pública, não estando relacionada com
epidemias.
O vírus influenza A e B são
responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável
pelas grandes pandemias.
Fatores de risco
São considerados condições e fatores
de risco para a forma grave da doença mulheres grávidas em qualquer idade
gestacional, puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram
aborto ou perda fetal).
Também são fatores de risco a
idade a partir de 60 anos, crianças menores de 2 anos, população indígena
aldeada, menores de 19 anos de idade em uso prolongado de AAS, pessoas com
pneumopatias (incluindo asma), problemas cardiovasculares, nefropatias,
hepatopatias, doenças hematológicas, imunossupressão associada a medicamentos,
neoplasias, HIV/Aids e obesidade.
Por G1 Ceará
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