Polícia Civil achou nesta quarta-feira (30) ossadas de mais duas pessoas no distrito de Suassurana, em Iguatu, no sítio onde um líder religioso realizava cerimônias religiosas. Gleudson Dantas Barros, preso em 18 de maio, é suspeito de matar quatro "desafetos" que confrontavam as ideias do culto que ele praticava, conforme o delegado Jerffison Pereira.
As vítimas foram enterradas em um sítio na zona rural do município, onde o líder atuava. Segundo a polícia do município, Gleudson assumiu participação nos crimes.
A polícia ainda não tem a identificação de três vítimas, mas suspeita de que são pessoas que estão desaparecidas desde o ano passado.
Nesta terça-feira (29, uma ossada havia sido encontrada no mesmo local, no Sítio Canto, distrito de Suassurana, zona rural de Iguatu. A polícia já suspeitava de mais corpos enterrados.
Gleudson Dantas Barros e Roberto Alves da Silva, que também está preso por suspeita de participação nos crimes, matavam pessoas que de alguma forma "desagradavam" o líder, que pratica uma seita religiosa, segundo o delegado titular de Iguatu, Jeffirson Pereira. A polícia não soube dar mais detalhes sobre a seita, mas descarta que os crimes tenham sido praticados em rituais de magia.
"Esses caras eram maníacos que saíam matando as pessoas e enterrando por aí à fora, não tem nada a ver com magia", afirma.
Discussão
Até esta quarta, a única vítima identificada é Jheyderson de Oliveira Chavier, cujo corpo foi encontrado enterrado em 23 de maio.
Jhey de Oliveira, como era conhecido, tinha 24 anos e era estudante do curso de serviço social no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). A vítima também era ativista em defesa de direitos de gays, travestis e transexuais no interior do Ceará e realizava serviços sociais em Iguatu.
"No caso de Jhey, ele havia tido uma discussão com o Gleudson, e depois de ir muito de encontro com as ideias de Gleudson, ele (o líder) teve o prestígio atingido e estava perdendo seguidores", afirmou o delegado Pereira.
O corpo de Jhey apresentava sinais de tortura e marcas de tiros.
Por G1 CE
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