Dez dias após o fim dos protestos dos caminhoneiros, postos de combustíveis de Fortaleza ainda não normalizaram a disponibilidade de etanol aos condutores.
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Ceará (Sindipostos), o que afeta a distribuição do combustível nos postos é a logística de armazenamento. Em Fortaleza, o único terminal de armazenamento com estrutura para comportar a demanda de etanol é o do Mucuripe, mas a capacidade atual é quase metade da que era disponível há 40 anos.
"O grande lance é o Porto do Pecém. No entanto, a gente sabe que a burocracia ainda fará com que isso demande cinco até dez anos para estar funcionando lá. A ideia é que seja feito um terminal no Mucuripe, já que existe área e estrutura para isso, pois até a década de 70 do século passado, lá no mucuripe existiam dois terminais."
Crise de abastecimento
O sindicato também aponta que desde a crise no abastecimento dos combustíveis, muitas pessoas substituíram a gasolina, o que aumentou a demanda pelo álcool nos postos.
Além disso, o fornecimento do combustível aos postos ainda vai continuar irregular pelos próximos dias, já que os caminhões-tanque precisam esperar algumas horas para descarregar o combustível no terminal.
Segundo a Secretaria da Infraestrutura (Seinfra), ano passado foi aberta uma seleção pública para exploração do novo parque de tancagem, próximo ao Porto do Pecém. Em janeiro de 2018, esse processo foi suspenso pela Justiça. A Seinfra aguarda decisão judicial para dar continuidade ao processo.
Por G1 CE
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