Nos primeiros setes meses
do ano, o Ceará acumula sete chacinas, e 2.380 mortes violentas no primeiro
semestre de 2018, número 3,5% a mais que no mesmo período do ano passado. Foram
48 mortes ocorridas nas chacinas realizadas em circunstâncias diversas.
Em uma delas, a maior
chacina do Ceará, 14 pessoas foram mortas. Um bando armado invadiu o clube
"Forró do Gago", onde supostamente estavam presentes membros de uma
facção rival, e atirou contra várias pessoas.
O número de mortos já
supera o total de vítimas em chacinas ocorridas no Ceará em 2017; foram oito
casos de matança e 46 mortes nos 12 meses do ano passado.
O G1 entrou em contato com
a Secretaria de Segurança do Ceará às 14h33 desta segunda-feira (16)
solicitando informações sobre as medidas tomadas pela polícia para prevenir
casos como estes. No entanto, até a publicação desta matéria, o G1 não obteve
resposta.
Ataques
"Forró do Gago",
no Bairro Cajazeiras, em Fortaleza. (Foto: Cinthia Freitas/G1CE) "Forró do
Gago", no Bairro Cajazeiras, em Fortaleza. (Foto: Cinthia Freitas/G1CE)
"Forró do Gago",
no Bairro Cajazeiras, em Fortaleza. (Foto: Cinthia Freitas/G1CE)
No início do ano, em 7 de
janeiro, quatro pessoas foram assassinadas enquanto dormiam, em Maranguape.
No dia 27 do mesmo mês,
criminosos invadiram a casa de show Forró do Gago, no Bairro Cajazeiras, e
mataram 14 pessoas a tiros. A maior chacina já registrada no Ceará foi motivada
por brigas entre facções rivais. O caso teve repercussão internacional.
Dois dias depois, em 29 de
janeiro, um conflito dentro da cadeia pública de Itapajé, a 125 km de
Fortaleza, deixou 10 internos mortos.
Em março, sete pessoas
foram assassinadas em ataques simultâneos no Bairro Benfica. Um deles ocorreu
na Praça da Gentilândia, local que costuma ser frequentado por universitários,
e estava lotado no momento do ataque.
Nos dois últimos meses
ocorreram chacinas nos municípios de Quixeramobim, Palmácia e Quiterianópolis.
Em Quixeramobim, quatro
pessoas morreram após homens encapuzados chegarem atirando em uma comunidade.
Segundo a polícia, o crime pode estar relacionado com o envolvimento com
tráfico de drogas.
Em Palmácia, no último dia
13 de julho, cinco pessoas foram encontradas mortas em um matagal, com as mãos
atadas nas costas e marcas de tiro na cabeça.
Um dia depois, quatro
pessoas da mesma família – mãe, dois irmãos gêmeos e um tio dos jovens – foram
mortas em um sítio da zona rural de Quiterianópolis.
Por G1 CE
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