Acidente entre caminhão e ônibus fez com que uma passageira
que estava amamentando fosse aremessada e ficasse presa às ferragens. A vítima,
Thais Silva Almeida, de 27 anos, morreu no local. O acidente aconteceu na
avenida Juscelino Kubitschek, em Fortaleza, nesta segunda-feira, 10.
O POVO Online apurou que os dois veículos a seguiam na mesma
direção e que o caminhão tentou realizar conversão à direita. No entanto, o
coletivo colidiu na traseira do caminhão. Conforme testemunhas, Thais percebeu
que seria atingida. Ela estava amamentando e jogou a filha nos braços de um
passageiro que fazia pregação religiosa no coletivo.
Imagens do socorro às vítimas:
Thais morreu no local. A criança de um ano teve um ferimento
no braço e foi socorrida. Aproximadamente sete pessoas ficaram feridas na
situação.
O motorista do caminhão permaneceu no local, mas foi
resguardado para evitar linchamento.
Segundo a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC)
divulgou, por meio de nota, o acidente aconteceu às 11h30min. A colisão
envolveu um coletivo da empresa Maraponga e um caminhão.
Os agentes apuraram no local que o motorista do caminhão
estava parado na faixa exclusiva de ônibus esperando o fluxo de veículos
diminuir para que ele pudesse manobrar e entrar em um galpão.
O coletivo, conforme a AMC, colidiu na traseira do caminhão.
Com o impacto a passageira morreu.
A Empresa de Transporte Urbano e Fortaleza (Etufor) lamentou
o ocorrido e informou que se solidariza com a família da vítima. A investigação
da Polícia Civil deve determinar a causa do acidente.
A Etufor informou, por meio de nota, que a central de
monitoramento identificou que o motorista do ônibus trafegava na velocidade de
49km/h e a velocidade permitida na via é de 60km/h.
Redação O POVO Online
Criança 'jogada' pela
mãe durante acidente permanece estável no hospital, em Fortaleza
A menina Vitória Silva, de três anos, que foi salva de
acidente de ônibus em Fortaleza ao ser "jogada" pela mãe, está em
estado estável no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e não sofreu maiores
lesões. Segundo a tia da criança, Sâmia Maria, os médicos realizam exames antes
de dar alta para criança.
Vitória estava acompanhada da mãe, Thaís Silva, quando o
ônibus em que trefegavam colidiu com um caminhão. O caso aconteceu na tarde
desta segunda-feira (10), na Avenida Alberto Craveiro, Bairro Dias Macêdo, na
capital. Ao perceber que o acidente aconteceria, Thaís "jogou" a
filha nas mãos de outro passageiro. Thais ficou presa às ferragens e morreu no
local. Além da filha, outras cinco pessoas se feriram, mas não correm risco de
morrer.
O enterro de Thais acontece nesta terça-feira (11), no
cemitério municipal Parque Bom Jardim, no Bairro Granja Lisboa.
Sâmia Maria comentou sobre o fato, falando que o ato de Thaís
também ajudou a salvar o outro passageiro. "Vimos o depoimento dele,
contando que ele caiu no chão com a Vitória quando a Thais soltou ela, e eles
acabaram não sofrendo o impacto. Nós não temos nem o que dizer, ela é mais uma
vítima da imprudência no trânsito. O ônibus estava vindo rápido demais, pelo
que nos disseram", conta a irmã da vítima.
A Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) informou
que o caminhão estava parado na faixa exclusiva de transporte coletivo
aguardando o fluxo de veículos diminuir para fazer uma manobra e entrar em um
galpão. Disse ainda que o coletivo estava em uma velocidade de 49 km/h, numa via
que permitia velocidade máxima de 60 km/h.
Vida dedicada aos filhos
O marido de Thaís, José Nicácio, contou que a esposa se
dedicava a cuidar dos três filhos. Além de Vitória, ela também é mãe de uma
menina de 9 anos e de um menino, de 6 anos. Vitória é uma criança com
necessidades especiais e, na ocasião do acidente, a mãe a trazia de sessão de
fisioterapia.
"Eu estou em choque. Não é pra menos, perdi a mãe dos
meus filhos, eu estou agora com três crianças pra tomar de conta sozinho, tendo
que trabalhar, e ainda tem essa abençoadazinha de Deus, que tem que ter cuidado
redobrado com ela, devido ao problema que ela tem. Então eu estou arrasado, não
tenho nem palavras para me expressar direito", diz o pai.
G1 GLOBO
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