Com o resultado das eleições de 2018, a Assembleia
Legislativa do Ceará (AL-CE) recebe novos deputados e se prepara para quatro
anos com possíveis mudanças nas articulações tantos de opositores como de
aliados.
O Tribuna do Ceará reuniu as principais informações sobre a
composição do Poder Legislativo no Estado para o quadriênio 2019-2022.
Novos deputados
A renovação na AL-CE chegou a 37% em 2018, com a mudança de
17 dos 46 eleitos. O índice é menor que no pleito de 2014, quando mais da
metade dos 46 deputados foi renovada, 24 dos 46.
Eleitos
André Fernandes – PSL
Queiroz Filho – PDT
Fernando Santana – PT
Salmito – PDT
Romeu Aldigueri – PDT
Érika Amorim – PSD
Guilherme Landim – PDT
Marcos Sobreira – PDT
Vitor Valim – PROS
Patrícia Aguiar – PSD
Nezinho Farias – PDT
Nelinho – PSDB
Apóstolo Luiz Henrique – Patri
Acrisio Sena – PT
Delegado Cavalcante – PSL
Nizo – Patri
Soldado Noélio – Pros
Reeleitos
Sérgio Aguiar – PDT
Moises Braz – PT
Evandro Leitão – PDT
Dr. Bruno Gonçalves – Patri
Danniel Oliveira – MDB
Zezinho Albuquerque – PDT
Renato Roseno – Psol
Dr. Sarto – PDT
Elmano Freitas – PT
Augusta Brito – PCdoB
Aderlania Noronha – SD
Leonardo Araújo – MDB
Agenor Neto – MDB
Dra. Silvana – PR
Fernanda Pessoa – PSDB
João Jaime – DEM
Heitor Ferrer – SD
Osmar Baquit – PDT
Tin Gomes – PDT
Jeová Mota – PDT
Antonio Granja – PDT
Fernando Hugo – PP
Audic Mota – PSB
Bruno Pedrosa – PP
Leonardo Pinheiro – PP
David Durand – PRB
Dr. Carlos Felipe – PCdoB
Walter Cavalcante – MDB
Julinho – PPS
O deputado mais votado em 2018 foi o youtuber André
Fernandes, com 109.742 votos. Ele é o parlamentar estadual mais jovem eleito no
Brasil, com 20 anos de idade. Em segundo lugar, vem Queiroz Filho (PDT),
ex-chefe de gabinete do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), com
103.943 votos.
Mulheres
Apesar de 51% do eleitorado no Ceará ser de mulheres, caiu a
representatividade feminina na Assembleia. 87% dos deputados são homens. Das
sete mulheres deputadas até este ano, a próxima legislatura terá apenas seis:
Augusta Brito (PCdoB), Aderlania Noronha (SD), Dra. Silvana (PR), Fernanda
Pessoa (PSDB), Érika Amorim (PSD) e Patrícia Aguiar (PSD).
Bancada
O PDT manteve-se como o partido com maior bancada, 14 dos 46
deputados. O partido é o principal reduto do grupo político do governador
Camilo Santana (PT) e dos irmãos Cid e Ciro Gomes (PDT). Dois partidos perderam
representatividade para o próximo mandato: PSDC e PRP.
Base e oposição
A bancada governista continua com maioria esmagadora na Casa,
principalmente em uma eleição na qual o governador foi reeleito com uma base
aliada de 24 partidos.
Para a próxima legislatura, venceram aliados importantes do
grupo político do Governo, como o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza,
Salmito Filho, o aliado do prefeito, Queiroz Filho; e o concunhado de Camilo
Santana, Fernando Santana (PT).
O vice-presidente da AL-CE, Tin Gomes acredita que haverá
pouca mudança nas relações da Casa. “Em termos de relacionamento com o governo,
a bancada se manteve e o governador é o mesmo. Acredito que não vá diferenciar
muita coisa. A oposição mudou de pessoas, mas o tamanho ficou parecido”,
pontuou.
Dos 46 deputados, oito devem integrar a oposição: André
Fernandes (PSL), Renato Roseno (Psol), Fernanda Pessoa (PSDB), Heitor Férrer
(SD), Nelinho (PSDB), Delegado Cavalcante (PSL), Soldado Noélio (Pros) e Vitor
Valim (Pros).
Dos antigos opositores, não se reelegeram Carlos Matos (PSDB)
e Ely Aguiar (PSDC). Capitão Wagner (Pros) foi eleito deputado federal e
Roberto Mesquita (Pros) desistiu de disputar.
Na oposição desde o Governo Cid Gomes (PDT), Heitor Férrer
lamenta o número pequeno de opositores. “A expectativa de uma oposição forte é
dificil porque temos um número diminuto. Temos que compensar o número diminuto
na qualidade do trabalho, fazermos oposição responsáve, competente, sem criação
de factóides para não nos descredenciarmos”, destacou.
Presidência da Casa
Em 2019, será escolhida a nova Mesa Diretora da Casa. O
deputado Zezinho Albuquerque (PDT) foi o presidente do Legislativo no último
quatro anos, tendo sido reeleito em 2017. O regimento interno permite que ele
dispute o cargo novamente.
Tin Gomes evitou tratar da sucessão, por considerar “muito
cedo”, já que as eleições acontecem em fevereiro. Para ele, há diversos nomes
que podem ser apresentados, mas não delimitou quais.
Por Tribuna do Ceará
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