O município de Barbalha assinou contrato de instalação da
Usina de Beneficiamento de Resíduos Sólidos para a produção de combustível e
fertilizantes agrícolas. A solenidade, aconteceu nessa quarta-feira, dia 17, no
auditório da Prefeitura. O investimento será de R$ 32 milhões sem qualquer
custo ao erário.
O projeto que está sendo implantado em Barbalha é inovador
com uma tecnologia transformadora da realidade imposta pelos lixões.
Além da questão ambiental, o projeto tem largo alcance social
e econômico, propiciando emprego e renda. Também serão comercializados, por
exemplo, adubos orgânicos e combustível ecologicamente correto, já autorizada
pela ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
Sobre o projeto de implantação da usina de beneficiamento de
resíduos sólidos, o prefeito Argemiro Sampaio (PSDB) falou sobre a economia a
ser gerada aos cofres municipais. Atualmente Barbalha gasta em torno de R$ 200
mil/mês para tratar do lixo e, mesmo assim, há riscos de contaminar o solo.
“Buscamos a solução mais viável para acabar com o problema
trazendo uma tecnologia de ponta. Dentro de mais alguns dias vamos produzir
adubos orgânicos, que serão usados na cultura da banana e na agricultura de um
modo geral. A previsão é que em até um ano e meio já comercializar combustível,
ecologicamente correto, nos postos de gasolina da nossa Barbalha”, comemorou
Argemiro.
A apresentação do projeto coube à URS Tratamento de Resíduos
Ltda, representante das empresas Delta Bravo e Bio Bitten, por meio do diretor
João Landim da Cruz Neto. Ele disse que a usina acabará com o lixão e a ideia
de aterro, que causam transtornos ao meio ambiente e à população.
O processo, conforme explicou, ocorrerá por pirólise (sem
combustão), produzindo combustível com a separação do lixo. Por meio da
compostagem, será produzido o adubo orgânico.
Este primeiro passo,
da compostagem, tem início previsto entre 60 a 70 dias. A empresa se
instalará dentro do próprio lixão, acolhendo cerca de 80 catadores, os quais
deixarão a informalidade, além de obter a garantia de melhorias na qualidade de
vida.
Por João Boaventura Neto
- Miséria.com.br
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