Coordenador da campanha de Fernando Haddad à Presidência, o
ex-governador da Bahia e senador eleito Jaques Wagner afirmou, nesta
segunda-feira (15), que a melhor estratégia para uma vitória na corrida
presidencial seria o lançamento de Ciro Gomes (PDT) ao Palácio do Planalto.
Repetindo ser defensor de alternância de poder e do fim da
reeleição, Wagner fez essa avaliação ao comentar uma proposta da senadora Katia
Abreu que sugeriu a substituição de Haddad por Ciro Gomes para garantir a
eleição.
Wagner disse que esse era um assunto superado, mas ressaltou
sempre ter defendido um acordo com Ciro. Questionado, então, se essa seria a
melhor estratégia para o campo de esquerda, Wagner concordou, sob o argumento
de que a campanha de Jair Bolsonaro se resume ao ataque ao PT.
"O que eles têm a dizer? É anti-PT. É anti-PT".
Embora reconheça que o PT está estigmatizado, segundo suas
próprias palavras, Wagner disse ter esperança de que o medo de Bolsonaro
derrube resistências a Haddad neste segundo turno.
"Se as pessoas tiverem mais medo dele do que raiva do
PT, podem votar no Haddad. Não precisa amar o PT".
Wagner disse ainda ter esperança de uma declaração de apoio
mais contundente de Ciro: "Não vou jogar a toalha. Ele pode enviar um live
de onde ele estiver", disse o ex-governador em referência ao fato de Ciro
estar na Europa.
Wagner acrescentou: "Alguém me disse que ele voltaria
antes e anunciaria o apoio mais contundente".
Segundo Wagner, Haddad defende a amplitude das alianças como
saída para a situação.
Também integrante do comitê eleitoral petista, o tesoureiro
do PT, Emídio de Souza, afirma que "essa campanha foi feita no
submundo". Segundo ele, as fake news estão deformando a vontade popular e
as autoridades não estão atacando sua matriz.
"A atuação do TSE está sendo frágil para combater o
estímulo à violência na campanha. O TSE tem que coibir a fábrica de fake
news", diz.
Fonte: Diário do Nordeste
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