domingo, 28 de outubro de 2018

Eleitores de ilhas e vilas ribeirinhas usam barcos para votarem em Orós


Mais de 200 eleitores que moram em ilhas e vilas ribeirinhas do açude Orós, o segundo maior do Ceará, localizado na região Centro-Sul, usam barcos para chegar à cidade e participarem das eleições.

Neste domingo, 28, do segundo das eleições presidenciais um movimento tem sido itenso, semelhante ao primeiro turno, realizado no último dia 7. É um exemplo do exercício de cidadania. Orós tem 18749 eleitores e integra a 15ª Zona Eleitoral.

Os eleitores enfrentam cerca de 30 minutos de viagem em barco para participarem da votação. A viagem começa cedo, às 7 horas da manhã. Na margem do reservatório, próximo à parede, os barcos começam a chegar a partir das 7h30 e se estende até as 9 horas. As embarcações vão chegando aos poucos e são credenciadas pela Justiça Eleitoral.



O juiz eleitoral de Orós, César Morel Alcântara, no início da manhã esteve na margem do reservatório para fiscalizar as embarcações. “Vimos verificar se estavam com a autorização, o credenciamento regular”, frisou. “Os eleitores que chegam são transportados para o centro urbano em carros também credenciados pela Justiça Eleitoral”.

O magistrado disse que o pleito está tranquilo. “Até o momento tudo está ocorrendo com regularidade”, pontou.

Da margem do açude é possível avistar as pequenas embarcações sobre a água azulada. O reservatório está com volume baixo, 6,9%. Em relação a períodos anteriores, houve uma redução do número de eleitores que permanecem votando na sede urbana, devido à instalação de seções em algumas localidades ribeirinhas, mais distantes da cidade.

Os partidos políticos credenciam carros na Justiça Eleitoral para o transporte dos eleitores do açude até a cidade. O pescador Luís Ribeiro disse que prefere votar na cidade. “Não acho ruim pegar o barco, quero ver o movimento na rua”, justificou. Ele é eleitor há 40 anos. A dona de casa, Francisca Custódio, disse que há 20 anos é eleitora e sempre vem de barco participar dos pleitos. “É a nossa obrigação”, disse. Neste ano, ela trouxe nos braços a netinha de um ano e seis meses.


Fonte: Diário do Nordeste por Honório Barbosa

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