Apostando no crescimento da
demanda turística e no aumento dos gastos por visitantes, 60% dos hoteleiros do
Ceará pretendem investir em seus estabelecimentos nos próximos seis meses. De
acordo com a pesquisa "Sondagem Empresarial", realizada pelo
Ministério do Turismo (MTUR), 10,7% dos entrevistados no Estado confirmaram que
investirão até maio de 2019 e 50% disseram que provavelmente farão aportes nos
próximos seis meses.
Segundo Eliseu Barros,
presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Ceará (Abih-CE),
o aumento da oferta de voos nacionais e internacionais para a capital cearense
contribui para a melhora das perspectivas do setor. "Além disso, há a
perspectiva do aumento de instalação de novas empresas no Estado, garantindo um
maior fluxo de turismo corporativo", diz ele.
Em novembro, o Aeroporto
Internacional Pinto Martins registrou um crescimento de 85% no número de voos
internacionais, em relação a igual período do ano passado, chegando a 111
frequências, sendo o maior crescimento entre as capitais brasileiras, segundo a
Embratur.
Fim de ano
Para o período de fim de ano,
Barros diz que a expectativa é de que o setor mantenha a taxa de ocupação
obtida no fim do ano passado, em torno de 95%. "Já estamos com uma taxa de
80% (para o período), e como ainda faltam 40 dias, acredito que a marca do ano
anterior será atingida", disse. Apenas os associados da Abih-CE respondem
por 16 mil leitos no Estado. Segundo levantamento do Ministério do Turismo, os
hoteleiros dos estados do Nordeste foram os que se mostraram mais otimistas em
relação ao desempenho de seus negócios no terceiro trimestre do ano.
Nas seis variáveis pesquisadas
- que incluem faturamento, número de empregados e gasto do turista no destino -
os empresários nordestinos do setor apresentaram os maiores percentuais de
expectativas positivas na comparação com empreendedores do setor de acomodações
das outras regiões brasileiras.
Cerca de 50% dos hoteleiros da
Região projetam aumento do faturamento dos seus empreendimentos nos próximos
seis meses. O segundo maior percentual neste quesito é da Região Centro-Oeste,
com 45,9%, seguida do Sudeste, com 44,4%. No Sul e no Norte 38,3% dos
empresários pesquisados têm expectativa de mais dinheiro em caixa.
No Nordeste, 48,6% apostam no
crescimento da demanda pelo destino onde estão localizados seus empreendimentos
e 39,6% acreditam no aumento dos gastos do turista. Na região Sudeste, o
segundo colocado, os percentuais são de 41,3% e 39,6%, respectivamente.
Contratações
No que se refere a
contratações e manutenção de empregos, as expectativas são boas para 27,2% dos
hoteleiros do Nordeste e para 25,6% dos empresários do Sudeste. São positivas
também as perspectivas de aumento da rentabilidade do setor de turismo, cujos
maiores índices foram apurados pelo Ministério do Turismo entre os nordestinos
(35,5%) e entre os empreendimentos dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo,
Minas Gerais e Espírito Santo (34,7%).
Sobre as expectativas de
investimentos, o cenário não é diferente. A projeção otimista atinge a maioria
dos empresários ouvidos em todas as regiões, com destaque para o Centro-Oeste,
onde a certeza de turbinar o empreendimento é de 15% e a probabilidade foi
citada por 45,8% dos consultados.
No Nordeste, a relação é de
12,5% e 53,7%, respectivamente. Em todos os casos, a soma de certeza e
probabilidade de realização de investimentos até março é superior a 60%.
Para o levantamento, realizado
por técnicos do Ministério do Turismo com apoio das secretarias estaduais de
Turismo e entidades representativas do setor, foram consultados 719
empreendimentos em todo o País.
Fonte; Diário do
Nordeste
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