Acabada a festa da posse, o governo mostra sua linha de
trabalho e ela inclui uma mudança no Bolsa Família. O ministro da Cidadania,
Osmar Terra, usou a primeira entrevista depois de assumir o cargo na última
quarta-feira (2) para falar da criação de uma porta de saída do programa.
"Pelo menos um jovem por família deve ter oportunidade
de fazer curso técnico ou receber microcrédito."
O contexto da resposta do ministro sugere um nível alto na
vontade de mudar o programa. A resposta ocorreu quando Osmar Terra foi
questionado sobre a prioridade de trabalho no Ministério da Cidadania. Críticos
do programa reclamavam que o Bolsa Família tornava os beneficiários
dependentes.
Ele não revelou a forma que a alteração será implementada ou
quando a medida entra em vigor. O ministro se limitou a dizer que, em cada
família que recebe o Bolsa Família, deve haver ao menos um jovem cumprindo um
dos requisitos citados: fazer um curso técnico ou receber microcrédito para
empreender.
Ainda no discurso de posse, Osmar Terra reafirmou que haverá
13º salário no programa já neste ano. Na entrevista, explicou que a fonte dos
recursos ainda não foi definida e que o orçamento para a área é "perna
curta". Ele diz que isto não impedirá o pagamento porque o 13º salário é
uma diretriz do presidente Jair Bolsonaro para a pasta que comanda.
"Deve custar alguma coisa ao redor R$ 2,5 bilhões, que é
a parcela mensal do programa. Vou sentar com área de planejamento, com a área
orçamentária para avaliar onde a gente tem que atuar. Mas (o 13º) já está
garantido, é uma decisão do presidente."
Uol
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