O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de
Moraes disse hoje (17) que ainda não é possível avaliar mensagens vazadas com
diálogos supostamente mantidos entre membros da força-tarefa da operação Lava
Jato. “Para isso, nós dependemos, primeiro, que todo o material seja divulgado.
Segundo, que sejam atestadas a autenticidade e a veracidade desse material.
Quando se coloca a conta-gotas não é possível ter uma visão de conjunto, nem da
veracidade, nem da autenticidade”, disse após participar de um evento promovido
pelo Grupo Bandeirantes.
Desde a semana passada, o site The Intercept tem divulgado
trechos de mensagens atribuídas a Moro e a procuradores da Lava Jato. De acordo
com o site, os diálogos apontam para uma “colaboração proibida” entre o então
juiz federal responsável por julgar processos decorrentes da operação em
Curitiba e os procuradores, a quem cabe acusar os suspeitos de integrar o
esquema de corrupção.
Para Moraes, as informações foram obtidas de forma criminosa,
apesar de destacar que o material tem interesse “jornalístico” e “público”. “As
invasões que ocorreram nos telefones de agentes públicos são criminosas. Falo
com absoluta tranquilidade que vazamentos, fake news, falsidade em notícias
divulgadas é questão de polícia. Esses hackers que, eventualmente, invadiram
devem ser alcançados, punidos e presos”, acrescentou o ministro ao falar sobre
os vazamentos.
O ministro também defendeu a importância da Operação Lava
Jato para o combate à corrupção: "É uma operação séria, conduzida dentro
do devido processo legal. É uma realidade que realmente mudou o combate à
corrupção no Brasil”.
Fonte: Agência Brasil
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