Um jovem de 18 anos denuncia ter sido vítima de homofobia
após sofrer agressões de quatro homens em uma lanchonete de Acopiara, município
na Região Sul do Ceará, na madrugada deste sábado (13). Sóstenes Rodrigues
Braga ficou com marcas da violência no rosto depois de levar socos, chutes e
pisões durante uma discussão. Um boletim de ocorrência sobre o caso foi
registrado na delegacia de Acopiara, que investiga o crime.
A vítima relatou em redes sociais que chegou ao local por
volta de 1h30, acompanhado de amigos, e começou a ouvir ofensas e “comentários
maldosos e homofóbicos” de um grupo que já se encontrava no estabelecimento.
“Desde que cheguei ao dito local já tinha me deparado com
piadas, comentários maldosos e homofóbicos de uns homens da mesa ao lado, eles
comentavam até sobre as unhas dos meus pés que estavam pintadas, no entanto eu
sempre me defendia das ofensas dos mesmos tentando parar com os comentários, mas
só fazia piorar”, conta.
Agressões
O rapaz diz que os amigos entraram na discussão com o grupo,
até que um dos agressores partiu para a violência física.
“Uns colegas da mesa começaram a discutir, eu tentei ajudar
com que eles parassem de discutir, e foi aí que um dos mesmos caras me abordam
dizendo que eu era um viado muito valente, e eu todo momento na defensiva,
quando um deles diz que vão me bater pra eu deixar de ser um viado tão
valente”, acrescenta.
Braga também afirma que precisou se fingir de morto para
escapar da violência.
“Pelo que me recordo veio um me agredir e os outros três em
seguida somando quatro covardes que com socos, chutes e pisões me agrediram de
forma tão cruel, só consegui me sair dessa situação quando me fingi de morto,
foi quando garçons da lanchonete e uma de minhas amigas me tiraram daquele
terror”, completa.
O jovem foi à delegacia acompanhado de membros da Comissão da
Diversidade Sexual e de Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil – (OAB)
subseção. Em depoimento, ele afirma que conhece os agressores, todos moradores
de Acopiara.
A comissão de advogados reforça que o caso se trata de
homofobia, crime previsto em lei com pena de três a cinco anos de prisão.
Segundo a comissão, os agressores também podem ser indiciados por lesão dolosa,
cuja pena pode chegar a cinco anos de reclusão.
Fonte: Globo.com
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