O Tratamento de Queimaduras e Feridas com Curativo Biológico
Derivado de Pele de Tilápia, criado e desenvolvido por médicos cearenses, está
concorrendo a uma premiação nacional na área de inovação médica. O Prêmio Abril
& Dasa de Inovação Médica 2019, na categoria Inovação em Tratamento, será
entregue no dia 8 de novembro, em São Paulo, e também destacará iniciativas
inovadoras em Genética, Medicina Diagnóstica, Prevenção e Medicina Social.
A escolha dos vencedores será feita por um júri especializado
e por votação popular, a partir desta quinta-feira (12) e até o próximo dia 19,
através do site http://premiodeinovacaomedica.com.br/. Segundo os
organizadores, o voto via internet terá “peso menor, mas agregará pontos extras
ao concorrente e poderá fazer a diferença em caso de empate ou pontuação muito
próxima”.
Outro objetivo do voto pela internet é divulgar os trabalhos,
para que comecem a se tornar conhecidos pelo público em geral. O prêmio “ visa
reconhecer projetos e profissionais médicos que fazem a diferença nas áreas
científica, clínica e assistencial, com potencial inovador capaz de mudar a
vida e a saúde das pessoas”, informam.
A equipe de cientistas, coordenada pelo cirurgião plástico
Edmar Maciel Lima Júnior, é liderada pelos médicos Manoel Odorico de Moraes
Filho, Maria Elisabete Amaral de Moraes, Felipe Augusto Rocha Rodrigues, Carlos
Roberto Koscky Paier e Marcelo José Borges de Miranda, representando três
instituições envolvidas com a pesquisa, desde 2014: o Instituto de Apoio ao
Queimado (IAQ), o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da
Universidade Federal do Ceará (NPDM/UFC) e o Centro de Tratamento de Queimados
do Instituto Dr. José Frota (CTQ/IJF).
No total, são 195 pesquisadores, espalhados por sete Estados
brasileiros (cerca de 50% no Ceará, além de PE, RS, GO, SP, RJ e PR) e seis
países (EUA, Alemanha, Holanda, Colômbia, Guatemala e Equador).
Em cinco anos, a pesquisa envolvendo a utilização da pele de
tilápia, em 12 áreas da Medicina, Veterinária e Odontologia, já recebeu 11
premiações, todas em congressos científicos. “Desta vez é diferente”, destaca
Edmar Maciel, explicando que “agora o reconhecimento parte da iniciativa
privada interessada em fomentar a pesquisa, o desenvolvimento e o avanço
científico”.
Ele ressalta que a pesquisa encontra-se na etapa 63,
envolvendo 42 projetos, que além do sucesso no tratamento de feridas e queimaduras,
já está testando novos produtos para uso interno no corpo humano, como válvula
cardíaca, vasos, tela para hérnia e para recobrir próteses mamárias, tendões e
levantamento de útero e bexiga, entre outros.
Ceará News 7
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