Encerrada a fase de buscas com a retirada da 9ª vítima do desabamento do Edifício Andrea, o cenário da tragédia deu espaço homenagens: na primeira, o Corpo de Bombeiros fez um ato em memória das pessoas que morreram no desatre. Ao toque de uma trombeta, os profissionais se posicionaram em fila, diante de um momento de silêncio. Em seguida, os voluntários entregaram flores aos integrantes da Corporação, além de abraços e palavras de agradecimento.
“Como em toda grande operação, agora deixamos nossa homenagem às vítimas”, afirmou o coronel Eduardo Holanda, comandante da operação, durante a primeira homanagem prestada. No local, lágrimas e sorrisos se misturaram entre os voluntários e bombeiros presentes.
Já o grupo de voluntários da área da saúde distribuíram flores e fizeram orações. “Além daquelas pessoas que estavam debaixo dos escombros, esses bombeiros que trabalharam dia e noite também precisavam de ajuda. Nós tentamos, de alguma forma, dar um pouco de conforto a eles”, disse Leila Diniz, uma das coordenadoras do grupo.
A também coordenadora e enfermeira Julyana Freitas detalha como foi o trabalho desses voluntários. “Nós tentamos organizar esse contingente de pessoas que queriam ajudar para que não acabassem atrapalhando. Também tentamos organizar as doações, não faltou nada. Agradecemos muito a solidariedade de todos os cearenses”, afirma.
Segundo Diniz, havia cerca de 50 voluntários por dia somente desse grupo, entre profissionais e acadêmicos de fisioterapia, massoterapia, enfermagem, técnico em enfermagem, medicina e psicologia. “A gente vê que a vida é muito rápida, mas podemos ter esperança sim, porque ainda existem pessoas para ajudar. Quando acontece uma tragédia desse tamanho, a gente tem muita gente para contar. Conseguimos unir nossas forças e trabalhar contra isso. Então, eu vejo que ainda existe amor no mundo”, acrescenta.
Diário do Nordeste
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