Uma universitária que resgatou uma tartaruga encalhada em Fortaleza diz ter ficado com manchas na pele após o contato com o mar e a areia da Praia do Futuro, um dos principais pontos turísticos da capital. Adla Farah, de 27 anos, aluna do curso de medicina veterinária, acredita que o óleo espalhado pelo litoral do Nordeste pode ter provocado a reação alérgica.
Ela conta que participou do resgate do animal em 26 de setembro. Depois de devolvê-lo ao mar, deitou na areia. Horas depois, percebeu o aparecimento de manchas por todo o corpo.
"Começou a coçar e não parava mais. Fiquei com o corpo todo 'embolotado', de alergia. Fui a dois médicos, tomei antialérgico por dez dias. Suspeito que foi o petróleo, pois não comi nada fora do normal, não fiz nada que não faço nos meus dias normais", relatou.
Adla disse que permaneceu cerca de cinco dias com os sintomas. "Não tem nenhum exame que possa comprovar [a causa da reação]. É tipo uma alergia, uma intoxicação. Nesse dia, não sabia direito a extensão do problema [do óleo no litoral]. Não fui mais na praia, desde então. Fiquei com receio", disse.
O relato de Adla coincide com o alerta emitido, dias depois, pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace): em 4 de outubro, uma semana após a estudante ter tido as reações na pele, a Praia do Futuro foi considerada totalmente imprópria para o banho, por ocorrência de óleo em praticamente toda a sua extensão.
Por Yohana Capibaribe*, G1 CE
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