A Justiça do Estado do Ceará marcou os próximos dias 6 e 7 de novembro o julgamento de três réus acusados de envolvimento na morte de sete jovens em Fortaleza, crime que ficou conhecido a Imprensa como a “Chacina do Benfica”. As sete pessoas foram assassinadas a tiros, em março do ano passado, no entorno da Praça da Gentilândia. O motivo da matança seria a rivalidade entre facções criminosas e a disputa por território da venda de drogas, de acordo com a investigação policial.
Sentarão no banco dos réus os seguintes acusados: Douglas Matias da Silva, Francisco Élisson Chaves e Stéferson Mateus Rodrigues Fernandes. Os três cumprem, atualmente, prisão preventiva em um dos presídios do Complexo Penal de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A investigação sobre o caso foi realizada por uma força-tarefa da qual participaram o Ministério Público, através do seu Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), além do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Coordenadoria de Inteligência (Coin) e a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).
Matança
Era por volta das 22h30 do dia 9 de março de 2018, quando bandidos armados com pistolas passaram a atirar em jovens que estavam participando de um evento na Praça da Gentilândia, no bairro Benfica, a poucos metros do Estádio Presidente Vargas e da sede do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Ceará (IFCE). Os crimes se estenderam por ruas próximas e chegaram à sede de uma torcida organizada.
Os sete mortos foram identificados como: Bruno Araújo Oliveira, 23 anos; Júlio César Clemente da Silva, 28 anos; Carlos Victor Menezes Barros, 23 anos; Pedro Braga Barroso Neto, 22 anos; Joaquim Vieira de Lucena Neto, 21, Adenilton da Silva, 22; e José Gilmar Furtado de Oliveira Júnior, 33 anos.
Sequência de mortes
De acordo com a Polícia, o primeiro ataque ocorreu na Praça da Gentilândia, na Avenida 13 de Maio, no bairro Benfica, onde oito pessoas foram baleadas. Três delas morreram no local e uma quarta ainda foi socorrida para o IJF-Centro, onde faleceu ao dar entrada na Emergência. O ataque aconteceu por volta de 23h30, segundo registros da Polícia. No local havia uma aglomeração de estudantes universitários e moradores da área.
O segundo ataque aconteceu na Vila Demétrius, a cerca de 400 metros da Praça da Gentilândia, onde está sediada a TUF. Ali uma pessoa foi baleada e morreu no local.
O terceiro ataque aconteceu na esquina das ruas Major Facundo e Joaquim Magalhães, onde mais duas pessoas foram baleadas. Uma morreu no local e a outra no IJF-Centro. Elas chegavam à sede da TUF uniformizadas quando foram atacadas e baleadas.
Por: CN7
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