De janeiro a outubro deste ano, mais de 15 mil ligações irregulares na medição elétrica foram identificadas pela Enel Distribuição Ceará. Conforme o gerente de manutenção da Enel, Francisco Queiroz, a quantidade poderia abastecer durante um mês todas as residências de um município pequeno como Beberibe ou Itaitinga. “A média de consumo de residências no Ceará são entre 80 a 130 kWh, a pessoa que furta consome acima da média, 400 kWh mensais, multiplicando pelo número de irregularidades, poderia abastecer as residências de uma cidade”, afirma.
Na última quinta-feira (21), com o objetivo de encontrar irregularidades na medição elétrica, a distribuidora realizou uma operação em conjunto com a Polícia Civil e Militar, em residências e comércios da Regional II. Em 2019, 64 pessoas foram presas no Ceará a partir das operações realizadas em conjunto com a Polícia, enquanto no ano passado, foram registradas 65 prisões por irregularidades.
As áreas com maiores registros de prisões são Fortaleza (15), Itaitinga (12), Ipu (4), Parambu (3), Quiterianópolis (3), Parambu (3), e Nova Russas (3). Na Capital, os bairros com maior incidências de fraudes são: Barra do Ceará, Álvaro Weyne, Carlito Pamplona, Monte Castelo e Parque Iracema.
Prejuízos à rede
A operação visa eliminar possíveis irregularidades na medição, que prejudicam a qualidade do fornecimento de energia elétrica e também geram riscos para a população. Conforme o gerente de manutenção da Enel, Francisco Queiroz, as alterações na rede elétrica podem ocasionar incêndios internos e externos e outros acidentes, além de prejudicar aparelhos ligados na energia. “A pessoa que furta energia altera as condições da rede elétrica e prejudica, principalmente, a qualidade do sistema do vizinho”, ressalta.
Neste ano, em fevereiro, um dono de hotel na localidade de Cumbuco, em Caucaia, foi preso suspeito de furtar energia. A prisão foi realizada em flagrante durante uma operação da distribuidora. O furto de energia é crime com pena prevista de um a oito anos de reclusão.
O trabalho de investigação é feito através de análise de dados internamente e, em campo, por cerca de 200 equipes.
Por Yohana Capibaribe, G1 CE
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