A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) vai abrir sindicância para apurar as agressões sofridas nesta quinta-feira (2), pela advogada Elisângela Maria Mororó, que cumpre prisão preventiva no Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Mora Costa, no Município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Elisângela foi levada para um hospital particular após o espancamento e já retornou para a cadeia.
Presa no último dia 13 de novembro na cidade de Catarina, na Região dos Inhamuns (a 394Km de Fortaleza), por policiais do Comando Tático Rural (Cotar), do Comando de Policiamento de Choque (CPChoque), ela foi trazida para Fortaleza e encaminhada ao Complexo Penal de Itaitinga/Aquiraz, onde estava à disposição da Justiça. As agressões sofridas pela advogada teriam sido praticadas por outras detentas, por motivos ainda não esclarecidos.
Elisângela Mororó é alvo de uma investigação do Ministério Público Estadual (MPCE), através do seu Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que apontou a existência e atividades de um grupo de advogados criminalistas dentro de presídios da Grande Fortaleza. Estariam envolvidos com o tráfico de drogas e atuavam em parceria com líderes de uma das facções criminosas que atuam no estado.
Nas investigações do MP, o sigilo telefônico da advogada foi quebrado com autorização judicial e nele foram descobertos diálogos comprometedores contra Elisângela. Entre as ligações, a negociação para a venda de cocaína, além de um plano de fuga para chefes de facções.
Por conta disso, Elisângela Mororó foi suspensa das atividades advocatícias pelo Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Ceará. Durante um ano ela não poderá exercer a profissão, enquanto é investigada pelas autoridades do Ministério Público e da Polícia Judiciária (Civil).
Por: CN7
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