O Ceará poderá ter uma usina híbrida de geração de energia (solar e biogás) operando já nos próximos seis meses. O novo equipamento deverá ter uma potência instalada de 1 megawatt (MW) e teria o objetivo de abastecer a demanda de pelo menos 3 mil casas ou algumas indústrias locais. Com um investimento inicial entre R$ 7 milhões e R$ 8 milhões, o projeto oferecerá energia por assinatura de forma mais barata do que as fontes convencionais, com a economia que pode chegar a 30% para consumidores residenciais e de 5% a 10% para empresas.
De acordo com Alexandre Brandão, CEO do Grupo Alexandria, idealizador do projeto, não há, ainda, uma previsão do local onde será construída a nova usina de biogás. Atualmente, a empresa está em processo de negociação com os produtores locais para solucionar questões da logística do abastecimento dos insumos usados na geração.
Brandão explicou que a operação dependerá do ciclo de produção da indústria sucroalcooleira já que a geração da energia a partir do biogás utilizará os rejeitos da fabricação do etanol, por exemplo. A ideia do Grupo Alexandria é mesclar a infraestrutura já existente e instalada de geração de energia solar fotovoltaica aos investimentos em biomassa em quatro estados do Nordeste. Inicialmente, os planos contam com, pelo menos, quatro usinas, uma em cada Estado diferente na Região.
"Temos conversado com as indústrias sucroalcooleiras para poder fornecer uma energia mais barata para a população. Deve levar ainda uns seis meses para a planta estar operante, e estamos concluindo o planejamento para escolher os locais onde instalar toda a nossa estrutura. Mas estudamos atuar em Alagoas, em Pernambuco, Paraíba e no Ceará", disse Brandão.
Apesar da perspectiva de investir em, pelo menos, uma usina de biogás em cada um dos quatro estados, Brandão explicou que, dependendo da demanda e das negociações com os produtores locais, os aportes poderão ser maiores.
Investimentos
"Já vimos que há viabilidade, estamos vendo apenas a questão do mapeamento dos dejetos, e entrando em contato com os produtores para definir as questões logísticas e saber quanto de cada insumo a gente teria disponível. Não temos limites de investimento. Se vierem 10 mil produtores no Ceará, nós podemos fazer 10 mil projetos, vai depender da conversa e da abertura dos produtores", afirmou.
Na fase de construção e implementação, a expectativa é que as novas usinas gerem, pelo menos, 100 empregos, com oportunidades para a mão de obra local. Já na fase de operação, dependendo da logística estabelecida com os produtores, devem ser abertas entre 5 e 10 vagas.
Grupo planeja investimento no Ceará e em mais três estados do Nordeste onde a produção de cana-de-açúcar pode gerar insumo para geração de biogás. Além disso, usinas solares devem ser construídas.
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