Um dos maiores desafios na saúde pública no Brasil é zerar a fila de espera por cirurgias eletivas, ou seja, aquelas que não são consideradas de urgência ou emergência. No Ceará, embora o número de procedimentos realizados tenha aumentado nos últimos três anos, cerca de 49 mil pacientes aguardam, ainda, por uma avaliação no serviço cirúrgico, conforme dados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa).
O total representa o número de pessoas registradas no sistema que primeiro precisam da avaliação de um médico especialista para definir se o caso é cirúrgico ou não. Outras 8 mil pessoas, no entanto, já estão com os procedimentos agendados esperando serem chamadas.
Os procedimentos mais demandados no Ceará são para cirurgias do aparelho digestivo, órgãos anexos e parede abdominal; cirurgias do sistema osteomuscular; do aparelho geniturinário; além dos procedimentos ortopédicos e traumatológicos.
Para o coordenador da Central de Regulação do Estado, Mozart Rolim, trata-se de um número ainda bastante elevado, requerendo estratégias que promovam a celeridade dos processos. A estimativa para 2020, segundo afirma, é que pelo menos 40 mil cirurgias sejam realizadas.
O aumento de cirurgias eletivas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Ceará ocorre desde 2017, conforme dados da Sesa. Naquele ano, foram 31.444 procedimentos realizados, chegando a 39.947 no ano passado, crescimento de 27%. Nos 20 primeiros dias de janeiro, 1.850 procedimentos foram concluídos.
Na tentativa de melhorar o cenário em todo o País, o Ministério da Saúde anunciou, no começo do mês, o repasse de R$ 250 milhões, sendo R$ 10,8 milhões destinados ao Ceará. O recurso foi anunciado como incentivo aos municípios para zerar a fila de espera e diminuir o tempo daqueles que aguardam por procedimentos agendados.
Na lista, estão 53 procedimentos, como catarata, varizes, hérnia, vasectomia e laqueadura, além da cirurgia de quadril e joelho, entre outras com grande demanda reprimida identificada.
Por G1 CE
Nenhum comentário:
Postar um comentário