O ano de 2020 começou, mas o Fortaleza segue o dilema da ausência de reforços para a temporada que se aproxima. Trabalhando em sigilo na formação dos elenco, a diretoria tricolor não anunciou nenhuma contratação e tem perdido peças importantes para o técnico Rogério Ceni.
O principal motivo das baixas são os contratos de empréstimo encerrados em dezembro. Dessa forma, o clube perdeu os volantes Paulo Roberto (Corinthians) e Araruna (São Paulo), além dos atacantes Matheus Alessandro (Fluminense), André Luís (Corinthians), Edinho (Atlético/MG) e Felipe Pires (Hoffenheim-ALE) - todos voltando aos respectivos times de origem.
"Estamos conversando com os atletas. Tudo isso demanda análise, negociação, tem atleta que tinha pendência com clube de origem e o empresário pediu que isso fosse resolvido, tem situação de jogadores que ainda não renovaram e que estamos pedindo o reempréstimo. No fim de ano, muitos viajam e acabamos encontrando dificuldades", explicou Daniel de Paula, diretor de futebol do Fortaleza.
A demora em trazer nomes está baseada nessas partidas repentinas. Internamente, uma das metas do presidente tricolor Marcelo Paz é mudar o perfil das transferências e realizar a aquisição dos futuros jogadores, como tem sido com o zagueiro Paulão.
O defensor, que atuou pelo Leão na reta final da Série A do Campeonato Brasileiro, teve o vínculo encerrado com o time no mesmo período em que o contrato acabou com o Internacional. Aos 33 anos, está em fase final de negociação com a equipe do Pici para um retorno em definitivo. Com a camisa leonina, o jogador atuou em 12 oportunidades.
Saídas com lucro
Além de devoluções, a diretoria do Fortaleza também está sujeita a se desfazer de atletas que foram adquiridos, o que pesa a longo prazo caso não haja reposição. A exemplo do meia Matheus Vargas, ex-Ponte Preta, e do atacante Romarinho, ex-Globo/RN.
Ambos representam a nova fase tricolor, em que o investimento é feito visando o lucro. Assim o clube aceitou a oferta de ceder Matheus Vargas ao Atlético/GO, um futuro adversário no Brasileirão.
O contrato tem duração de um ano, com salários quitados pelo Dragão. Como o vínculo no time cearense é até o fim de 2021, a expectativa é valorizar o meio-campo para garantir um lucro futuro com nova transação, dessa vez definitiva, uma vez que o clube detém 50% dos direitos do jogador de 23 anos.
No Pici, vale lembrar, Matheus foi utilizado apenas em dois jogos, totalizando 91 minutos. As oportunidades foram cedidas por Zé Ricardo, já que Rogério Ceni sequer o relacionava para as partidas.
Mas, enquanto o aporte financeiro é apenas projeção, o Fortaleza pode receber uma injeção de receita nos cofres através de Romarinho. Isso porque o atacante está no radar do Fenerbahçe, da Turquia, com uma oferta que deve girar próxima de 2 milhões de euros (R$ 9 milhões).
Comprado por R$ 100 mil junto ao Globo/RN em agosto, o atleta de 25 anos tem multa rescisória estimulada em R$ 20 milhões ao mercado nacional, e 20 milhões de euros (R$ 90 mi) ao times do exterior.
Diário do Nordeste
Por Redação
Miséria.com.br
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