O Governo Federal decidiu
prorrogar por uma semana a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que
permite o envio de tropas das Forças Armadas para reforçar a segurança no
Ceará. Com o motim de parte da PM, homens do Exército reforçam o patrulhamento
das ruas de Fortaleza e cidades do interior.
Conforme nota do Governo do
Estado, o pedido de prorrogação da GLO foi feito à União na última quarta-feira
(26). "O governo federal, por sua vez, autoriza a prorrogação e entende
que, no prazo de até o dia 6 de março, a situação deva ser normalizada, prevalecendo
o bom senso", diz o texto. O primeiro pedido de emprego das Forças Armadas
termina nesta sexta-feira (28).
No texto, o Governo do Estado
ainda ressalta "a importância de que o Congresso Nacional reconheça que, o
emprego da GLO, dada a necessidade de segurança aos integrantes das forças,
muitos deles jovens soldados com cerca de 20 anos de idade, discuta e vote o
excludente de ilicitude".
A prorrogação foi decidida após
reunião marcada pelo presidente Jair Bolsonaro, na fim da manhã desta sexta-feira
(28).
Por meio da GLO, foi autorizado o
envio de 2,5 mil homens do Exército Brasileiro, que reforçam a segurança em
Fortaleza, Região Metropolitana e em cidades do interior, desde o último dia 21
de fevereiro. As tropas vieram da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Em resposta, o presidente Jair
Bolsonaro declarou, durante transmissão ao vivo em rede social, que esperava
uma solução do Governo do Estado para o motim dos policiais.
Sobre a prorrogação, para além do
prazo de oito dias vigentes, o presidente havia dito que "precisamos ter
uma retaguarda jurídica" e que o "GLO não é para ficar eternamente
atendendo um ou mais governadores. GLO é uma questão emergencial".
PARALISAÇÃO
A paralisação de parte da Polícia
Militar no Ceará já chega ao 11º dia, nesta sexta-feira (28). Enquanto isso, o
Governo do Estado, por meio de uma comissão que reúne os três poderes, tenta
chegar a um acordo com os policiais militares amotinados, a partir da
realização de reuniões.
Entretanto, a negociação não avançou.
"A reunião foi muito produtiva e estamos esperançosos todos por uma
solução breve para esse caso", foi o que afirmou o procurador-geral de
Justiça, Manuel Pinheiro, após a primeira reunião ocorrida entre as partes na
manhã desta quinta-feira (27), na sede do Ministério Público do Ceará (MPCE),
no bairro José Bonifácio. Na ocasião, o representante dos PMs amotinados,
advogado e coronel reformado do Exército, Walmir Medeiros, apresentou uma lista
com 18 reivindicações.
Diário do Nordeste
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