Os 43 policiais militares
presos por deserção no Ceará permanecerão detidos, conforme decisão judicial
expedida nesta quinta-feira (27). Os militares foram presos em 22 de fevereiro
por faltarem a uma convocação de trabalharem na Operação Carnaval. Eles
atuariam na segurança de festejos de carnaval no interior do Ceará.
Conforme a decisão do juiz
Roberto Soares Bulcão Coutinho, a prisão em flagrante dos agentes foi
convertida em prisão preventiva.
O crime de deserção é previsto
no código militar e, em caso de condenação, o infrator pode cumprir pena de
seis meses até dois anos de detenção.
A deserção dos policiais
militares ocorre durante o motim de parte dos policiais militares do Ceará,
iniciado há 10 dias. Além dos policiais presos, outros 230 foram afastados do
cargo por crime de "motim, insubordinação e abandono de posto". Ele
tiveram o salário cortado pelos próximos três meses e terão de devolver
distintivo policial, algema e arma.
Desde o início do movimento, o
estado registrou 195 homicídios. O número representa um aumento de 57% em
relação aos casos registrados durante a última paralisação de PMs no Ceará, em
2012. O movimento daquele ano durou sete dias (de 29 de dezembro de 2011 e 4 de
janeiro de 2012).
Subiu para 47 o número de
policiais militares presos desde o início do motim. Desse total, 43 agentes
foram presos por deserção, que é o abandono do serviço militar; 3 presos por
participar em motim; e 1 PM preso por queimar um carro particular.
Por G1 CE
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