sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Policiais detidos por deserção durante motim no Ceará vão permanecer presos após decisão judicial


Os 43 policiais militares presos por deserção no Ceará permanecerão detidos, conforme decisão judicial expedida nesta quinta-feira (27). Os militares foram presos em 22 de fevereiro por faltarem a uma convocação de trabalharem na Operação Carnaval. Eles atuariam na segurança de festejos de carnaval no interior do Ceará.

Conforme a decisão do juiz Roberto Soares Bulcão Coutinho, a prisão em flagrante dos agentes foi convertida em prisão preventiva.

O crime de deserção é previsto no código militar e, em caso de condenação, o infrator pode cumprir pena de seis meses até dois anos de detenção.

A deserção dos policiais militares ocorre durante o motim de parte dos policiais militares do Ceará, iniciado há 10 dias. Além dos policiais presos, outros 230 foram afastados do cargo por crime de "motim, insubordinação e abandono de posto". Ele tiveram o salário cortado pelos próximos três meses e terão de devolver distintivo policial, algema e arma.
Desde o início do movimento, o estado registrou 195 homicídios. O número representa um aumento de 57% em relação aos casos registrados durante a última paralisação de PMs no Ceará, em 2012. O movimento daquele ano durou sete dias (de 29 de dezembro de 2011 e 4 de janeiro de 2012).

Subiu para 47 o número de policiais militares presos desde o início do motim. Desse total, 43 agentes foram presos por deserção, que é o abandono do serviço militar; 3 presos por participar em motim; e 1 PM preso por queimar um carro particular.


Por G1 CE

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