O aumento nas contas de energia devido ao reajuste tarifário
anual foi adiado por dois meses no Ceará pela Enel Distribuição. A intenção é
reduzir o impacto da crise gerada pelo novo coronavírus aos cearenses, segundo
informou a concessionária de energia na manhã desta terça-feira (15).
Pelo cronograma normal, o reajuste entraria em vigor na
próxima semana, dia 22 de abril, mas, agora, passará a valer apenas em 30 de
junho. Os clientes começarão a pagar a nova tarifa em 1º de julho.
A medida vai beneficiar mais de 3,9 milhões de cearenses e se
deve a um pedido feito pela própria Enel à Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel).
"O reajuste médio aprovado hoje (14) pela Aneel foi de
3,94%. O aumento para consumidores de baixa tensão, em sua maioria clientes
residenciais, será de 4,0%, e para os clientes de média e alta tensão, em geral
indústrias e grandes comércios, o índice aprovado é de 3,78%", detalhou a
empresa, em nota.
Para compensar a postergação de dois meses neste ano, de
acordo com a Enel, a Aneel considerou que a diferença na receita da empresa
será considerada no reajuste de 2021.
Peso dos encargos
Em nota, a Enel detalhou a divisão dos custos para manter o
fornecimento de energia no Ceará. Os tributos (ICMS e PIS/Cofins) têm a maior
fatia e representam 27,7% do total. Em seguida vêm o custo de energia (36,5%) e
o custo de distribuição (24,9%). As menores parcelas são do custo de
transmissão (4,5%) e de encargos setoriais (6,4%).
"Para ser ter uma ideia, de uma conta de R$ 100, por
exemplo, apenas cerca de R$ 24,9, serão destinados à Enel Distribuição Ceará
para operação, expansão, manutenção da rede de energia e para remuneração dos
investimentos realizados", comparou a empresa.
Por G1 CE
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