Em quase um mês, 350 estabelecimentos foram fechados e 25 feiras foram encerradas em Fortaleza por descumprimento ao decreto de lockdown do Governo do Estado de combate à Covid-19. Os dados, referentes ao período de 1º a 26 de junho, são da Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis), autarquia responsável por fiscalizar e coibir a realização de atividades que vão contra as normas estabelecidas por lei.
Em um balanço geral, foram 1.024 ações de monitoramento, dispersões de aglomerações, abordagens a estabelecimentos e ordenamento de filas nesse intervalo de tempo. Em shoppings, por exemplo, aconteceram 19 ações.
Somente na sexta-feira (26), 16 estabelecimentos foram fechados por descumprimento das medidas do decreto; oito ambulantes foram orientados a sair de praças e calçadas, no Centro; duas apreensões de paredões de som; e ações de dispersão, na Avenida Beira-Mar, e de conscientização, no Cocó.
As equipes também realizaram o ordenamento de filas de lojas, cartórios e agências bancárias – com a orientação sobre o distanciamento social, distribuição de panfletos e máscaras de tecido – e a higienização de mãos, com álcool em gel 70%.
Neste domingo (28), o órgão continua o monitoramento no Centro, Avenida Beira-Mar e pontos tradicionais de feiras, realizando abordagens em situações de flagrantes de aglomeração. Com apoio da Guarda Municipal de Fortaleza e a Polícia Militar, também atua por meio da distribuição diária de cinco mil máscaras de tecido do projeto “Todos com Máscara”.
Desde o início da pandemia, o Ceará acumula mais de 107 mil casos e quase seis mil óbitos em decorrência da doença, sendo um dos estados mais afetados no Brasil.
Supermercados e restaurantes
Ainda de acordo com a Agefis, no que toca a restaurantes, lanchonetes e congêneres, 49 estabelecimentos foram verificados entre 25 de maio e 26 de junho. As inspeções aconteceram para verificar se os alimentos estão sendo manipulados de forma adequada e segura, seguindo as legislações vigentes.
Do total mencionado, 25 receberam notificações, 15 estavam dentro dos padrões higiênico-sanitários e cumprindo as determinações previstas nos decretos municipais, e 9 estavam fechados no momento da inspeção.
Quanto aos supermercados, 114 foram vistoriados entre 20 de maio e 26 de junho, levando em conta critérios como marcações no piso para distanciamento mínimo, termômetro digital, entrada de apenas uma pessoa por família no local, entre outros.
A maioria estava cumprindo as regras estabelecidas pelos decretos municipais de combate ao coronavírus, exceto um, funcionando em desacordo com as medidas.
Diretrizes do Plano de Retomada
Conforme as diretrizes do Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais do Governo do Ceará, feiras livres só poderão ser realizadas na última etapa, a Fase 4 – em que também constam serviços de educação e esporte, cultura e lazer, por exemplo. Até lá, está proibida a movimentação nesses espaços.
Por sua vez, o retorno do funcionamento das barracas de praia, com 50% do trabalho presencial, figura na Fase 3 do plano de retomada, na categoria "Alimentação fora do lar", em que divide espaço com restaurantes em horário noturno.
Atualmente, a capital cearense vivencia a Fase 2, iniciada na última segunda-feira (22), com reabertura de restaurantes e agências de publicidade e marketing – mas ainda com restrições quanto ao fluxo de clientes e funcionários.
Essa fase também trata dos serviços de assistência social sem alojamento e da liberação de indústrias e serviços de apoio relacionados à contabilidade, direito e serviços de apoio administrativo.
Confira o que funciona na Fase 2, com 40% do trabalho presencial (exceto atividades religiosas, que retornam com 20%)
- Agências de publicidade, marketing, edição e design;
- Indústrias e serviços de apoio: organizações associativas, contabilidade, direito e serviços de apoio administrativo;
- Consultoria em Tecnologia da Informação e Comunicação, software house e assistência técnica;
- Assistência social: defesa de direitos sociais e serviços de assistência social sem alojamento;
- Restaurantes;
- Atividades religiosas com 20% da capacidade;
- Aluguéis de equipamentos de esporte, cultura e lazer.
Por G1 CE
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