O Ministério Público Federal (MPF) quer ampliar a condenação dos réus no caso do grupo de funcionários da Caixa Econômica e empresários que causaram um prejuízo superior a R$ 50 milhões ao banco, em Fortaleza, realizando operações irregulares de crédito. O órgão ingressou com recurso junto ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5). A informação foi divulgada nesta quarta-feira (29).
Ao todo, 22 pessoas foram denunciadas pelo MPF, em 2017, por envolvimento com o esquema. No recurso enviado ao TRF-5, o MPF questiona as penas aplicadas e pede que "sejam revertidas absolvições por inserção de dados falsos e peculato. Quer ainda que réus sejam condenados por gestão temerária e lavagem de dinheiro".
O grupo foi condenado por uma série de crimes: estelionato, inserção de dados falsos em sistema, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro.
Com o pedido, o MPF quer manter as penas já definidas na primeira instância pela 32ª Vara da Justiça Federal do Ceará, mas busca ampliar a condenação dos réus.
Esquema fraudulento
O esquema envolvia empresas de fachada relacionadas ao ramo da construção civil. Funcionários da Agência Náutico da Caixa Econômica, em Fortaleza, aprovavam propostas de crédito em desacordo com as normas de orientação bancária, utilizando documentação que não deveria ser aceita, que resultava em proveito pessoal para os agentes envolvidos.
As transações financeiras fraudulentas foram realizadas entre os anos de 2012 e 2014, segundo o MPF.
Em 2016, a Polícia Federal cumpriu mandados na Operação Caixa Preta e prendeu dois gerentes da Caixa e outros envolvidos no esquema. Na época, a polícia informou a descoberta de mais de 400 empréstimos fraudulentos.
Por G1 CE
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