A Capitania dos Portos do Ceará (CPCE) contabilizou 109 notificações durante 1.317 abordagens a embarcações entre janeiro e agosto deste ano, o que corresponde a uma média de 13 registros mensais. Em 2019, foram 237 infrações, e em 2018, 171 irregularidades anotadas em 12 meses.
No fim de semana passado, o estado registrou dois acidentes envolvendo embarcações. No sábado (19), Paulo Fernandes, atleta de triátlon, nadava entre os espigões da Avenida Rui Barbosa e do Náutico, na Praia de Iracema, em Fortaleza, quando foi atingido por uma lancha. O condutor do veículo, conta Paulo, fugiu sem prestar socorro. O atleta teve um pé dilacerado pela hélice da lancha.
Já no domingo (20), Clarice Maia Rodrigues, de 18 anos, faleceu após cair de uma moto aquática no açude Araras, que fica no município de Varjota, região norte do Ceará. Segundo uma amiga da vítima, que presenciou o acidente, a jovem não possuía habilitação, colete e também não sabia nadar.
“O jet ski não é um brinquedo, é uma coisa potente. Eles vão de mais ou menos 100 hp (horsepower, unidade de potência) a 300 hp. São máquinas. É necessário ter uma habilitação fornecida pela Capitania dos Portos, um curso prático e depois a prova", explica o instrutor de esportes náuticos, Gael Duhaut.
Fiscalização
A inspeção naval aborda veículos de esporte e recreio, a exemplo de moto aquáticas e lanchas, além de transporte de pesca, de passageiros, carga e apoio portuário e marítimo. Além da sede em Fortaleza, há duas agências do órgão em Aracati e Camocim, nos litorais leste e oeste.
Nas praias, lagoas e rios do Ceará, a fiscalização verifica itens obrigatórios, como uso de coletes salva-vidas, documentação da embarcação, habilitação dos condutores e luzes de navegação.
Entre os itens analisados, a CPCE aponta que o tráfego sem coletes e a falta de habilitação são as infrações mais recorrentes, sem detalhar, porém, o número de cada um dos descumprimentos.
Por G1 CE
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