Na rede pública municipal de ensino de Fortaleza, cerca de 90% das escolas estão prontas para retomar as atividades presenciais. De acordo com a secretária municipal da Educação, Dalila Saldanha, todas as unidades já iniciaram algum tipo de intervenção e poucas ainda não concluíram o processo.
“As intervenções nas escolas ficam como investimento. A gente vai aumentar o número de lavatórios, as áreas vão ficar mais arejadas, e tudo isso vai contribuir para a estrutura física, de adequações mais confortáveis. E com certeza a gente tem aí um legado na questão da saúde, de contribuir com a prevenção das condições de saúde dos nossos estudantes”, avalia a gestora.
As aulas presenciais foram suspensas no Ceará em março, no início da pandemia, e foram autorizadas a retomar em 1º de setembro, para turmas do ensino infantil de escolas particulares. No último dia 19, o governador Camilo Santana divulgou que a oferta de aulas presenciais será ampliada em 1º de outubro para mais séries nas escolas da macrorregião de Fortaleza, onde aulas já estão parcialmente autorizadas. A Prefeitura de Fortaleza, porém, ainda vai definir a data de retorno na capital. Oito municípios da Grande Fortaleza já decidiram que as aulas presenciais só devem ser retomadas em 2021.
A secretária detalha que a gestão municipal já contava com uma reserva de recursos de R$ 16 milhões que estão sendo destinados à adequação da rede para o retorno. O objetivo é atender todas as necessidades das escolas em relação aos materiais pedagógicos, de higiene e demais protocolos sanitários – para desinfetar equipamentos e ambientes, por exemplo –, além de toda a parte de equipamentos de proteção individual (EPIs) para profissionais e estudantes.
Dalila destaca, ainda, a necessidade de outros insumos, como álcool em gel e álcool líquido. “Também tem as garrafinhas squeeze para os estudantes, que cada um vai ter a sua. Os termômetros... Tudo isso está sendo adquirido de forma centralizada pela Secretaria, que está em fase de contratação ou de licitação. Esse conjunto de compras centralizadas deve necessitar da ordem de R$ 11 milhões, até o final do ano. Caso a gente retorne esse ano, tem a previsão de estimativa para essas aquisições”, diz.
As adequações estruturais, junto à aquisição de EPIs para professores e alunos, além de materiais pedagógicos, representam um custo de cerca de R$ 27 milhões. Deste total, R$ 7 milhões são garantidos pelo Governo Federal e o restante vem do tesouro municipal.
Retorno sem data
Sobre o retorno das aulas presenciais, ainda não há data prevista na rede municipal. A titular da SME afirma, porém, que os gestores municipais “continuam dialogando”, seguindo protocolos pedagógicos da Secretaria Estadual da Educação (Seduc), junto à União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
“A gente tem um plano num estágio bem avançado. Quando for definido o retorno da rede municipal, nós convocaremos o comitê municipal, constituído também pela categoria que representa os professores, além de gestores, pais de alunos, Câmara Municipal, para que a gente possa discutir juntos as estratégias de retorno seguindo os protocolos sanitários e pedagógicos”, garante Dalila.
Por G1 CE
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