Cresceram em 12,8 por cento os números de apreensões de armas de fogo no Ceará em 2020. De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (20) pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS-CE), no período entre 1º de janeiro e 30 de setembro, portanto, nove meses, as autoridades policiais retiraram de circulação, nada menos, que 4.436 armas de fogo de diferentes modelos, marcas e calibres.
Esse número supera o que foi registrado entre janeiro e setembro de 2019, quando foram apreendidas 3.930 armas de fogo em todo o estado. Conforme ainda a SSPDS, somente entre os dias 7 e 18 de setembro, nada menos, que 781 armas de fogo foram confiscadas pela Polícia no Ceará. Este período representa o início da gestão do delegado federal Sandro Lúcio Caron na Pasta. Oficialmente, ele assumiu o cargo no dia 7 de setembro.
Em rápida entrevista à Imprensa sobre o fato, Caron reafirmou que uma de suas metas à frente da SSPDS é a redução da violência armada no estado, com uma atuação forte das forças de Segurança Pública no combate às organizações criminosas (facções).
Estratégia maior
“Esse intenso e forte trabalho de repressão ao porte e a posse ilegal de armas de armas de fogo, justamente aí, procurando apreender armas que estejam nas mãos de criminosos e de grupos criminosos, faz parte de uma estratégia maior que consiste em retirar das ruas drogas e armas, retirando do criminoso o seu meio usado para a prática do crime, buscando a melhora nos índices da Segurança Pública do Ceará”, disse Caron.
A entrevista de Caron aconteceu um dia após o Anuário da Violência, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ter divulgado a lista dos estados que apresentaram no primeiro semestre de 2020 os maiores índices e suas variações em relação aos Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs).
De acordo com o Anuário, o Ceará aparece no topo da lista dos estados mais violentos do Brasil, sendo o primeiro da lista dos estados onde ocorreu a maior variação de aumento de assassinatos, com um salto de 12,6 por cento na comparação entre os primeiros semestres de 2019 e 2010.
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