Em nova atualização, às 18h02
dessa quinta-feira (26), a plataforma IntegraSUS, mantida pela Secretaria de
Saúde do Ceará (Sesa), apontou que Fortaleza tem 78,57% de ocupação dos leitos
de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) voltados para tratamento de Covid-19. A
taxa é a mais alta desde junho deste ano.
Dentre as instituições de saúde
da Capital com 100% dos leitos ativos ocupados estão a Casa de Saúde e
Maternidade São Raimundo, com oito leitos; Hospital Geral Dr. Waldemar de
Alcântara (3 leitos); Hospital Infantil Albert Sabin - Hias (8); Hospital de
Messejana (16); Hospital Uniclinic (7); Hospital Universitário Walter Cantídio
(6) e o Instituto Dr. José Frota - IJF (10).
Por nota, a Sesa informou que a
rede pública estadual conta com 1.267 leitos para atendimento a Covid-19, sendo
948 de enfermaria e 319 de UTI. “As estruturas dos hospitais de campanha do
estado para atendimento dos casos de Covid-19 continuam montadas e são
destinadas a outros tipos de atendimento”.
Cenário
Na avaliação do infectologista
Keny Colares, entre junho e outubro, percebeu-se uma queda e estabilização nas
taxas gerais de Covid-19. No mesmo período, “os leitos que estavam exclusivos
para Covid-19 foram sendo liberados para outras causas, como as cirurgias
eletivas, antes suspensas no auge da pandemia, por exemplo”.
Mesmo com leitos exclusivos de
Covid-19 reduzidos e levando em consideração o estágio da pandemia nos países
europeus, o especialista alerta para um momento de cuidados maiores. “Não é
motivo para pânico ou exagero, mas é um sinal de que, percebendo o avanço do
vírus nos outros países, a gente precisa redobrar os cuidados de prevenção,
para as pessoas não descuidarem do isolamento social. Além disso, é importante
manter a rede de saúde preparada para um aumento do número de casos”, pondera.
Ainda conforme a pasta de saúde
estadual, o aumento na taxa de internação, por ora, tem se dado principalmente
na rede privada. “Na rede pública, a flutuação das taxas de internações nos
leitos Covid-19 se dá pela redução do número de leitos voltados especificamente
para o atendimento desses pacientes. Com a diminuição do número de casos nos
meses anteriores, muitos hospitais do estado reduziram o número de UTIs e
enfermarias voltadas para a Covid-19. A Sesa reforça que caso seja necessário,
esse número pode ser aumentado de acordo com a demanda”, explícita a nota.
A Sesa reforça que o Ceará
conseguiu montar uma estrutura de enfrentamento à pandemia, “ampliando o número
de leitos de UTIs, que seguem disponíveis para a população; realizando
inquéritos soroepidemiológicos e ampliando a testagem”.
Mesmo assim, a pasta comunicou
que o estado está preparado para o atendimento de um eventual novo surto da
doença pandêmica. “A secretaria reafirma, no entanto, que é fundamental a
colaboração de toda a sociedade no cumprimento dos protocolos sanitários
adotados ao longo do processo de reabertura da economia”.
Por G1 CE
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